Sarampo: uma doença do passado que voltou a ameaçar o Brasil e o mundo
Vacina é a principal medida para prevenção da doença, mas muitas pessoas deixam de se vacinar por desinformação, fake news e até dificuldades de acesso
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Siga noOs recentes casos confirmados de sarampo no Brasil colocam em foco uma doença que é altamente contagiosa. Apesar de todos os pacientes já terem se recuperado, e de nenhuma situação de surto ter sido identificada no país, os Estados Unidos enfrentam mortes decorrentes do sarampo, o que reforça a necessidade de alertar sobre a principal medida de prevenção.
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De acordo com Jessica Fernandes Ramos, infectologista e integrante do núcleo de infectologia do Hospital Sírio-Libanês, a prevenção do sarampo é realizada por meio da vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), administrada em duas doses durante a infância.

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Como se proteger
Os casos mais comuns de sarampo são em crianças de até 5 anos, principalmente as que ainda não completaram o esquema vacinal. "A tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) é administrada em duas doses: a primeira aos 12 meses e a segunda aos 15 meses. Adultos também devem verificar se estão vacinados, caso não tenham certeza sobre sua vacinação, consulte um profissional de saúde para verificar a necessidade da dose", alerta a médica.
No passado, o Brasil já havia eliminado o sarampo. Em 2016, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) declarou que o país estava livre da transmissão do vírus, devido a altas taxas de vacinação e campanhas eficazes. No entanto, em 2018, perdemos o status de eliminação da doença devido a surtos causados pela queda na cobertura vacinal e pela importação de casos de outros países.
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"O principal motivo de doenças infecciosas como o sarampo voltarem a ser um problema é devido a queda da cobertura vacinal. Muitas pessoas deixam de se vacinar por desinformação, fake news e até dificuldades de acesso. Além disso, em viagens internacionais, o vírus pode ser reintroduzido no Brasil por pessoas não imunizadas. Vale destacar que a vacinação é segura, eficaz e a única forma de evitar novos surtos. Manter a imunização em dia é essencial para proteger a todos", destaca a especialista.
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