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DOENÇA NEURODEGENERATIVA

Dia Mundial do Parkinson: tratamentos inovadores melhoram qualidade de vida

Hospital expande neurologia com novo ambulatório especializado no tratamento da doença e oferece técnica para aliviar sintomas

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O Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença de Parkinson, nesta sexta-feira (11/4), tem como objetivo informar sobre os sintomas, tratamentos disponíveis e combater o estigma em torno da doença. O aumento da expectativa de vida no Brasil tem impactado em uma mudança demográfica no país. Dados do IBGE de 2022 revelam que Minas Gerais se destaca como o terceiro estado mais envelhecido, com quase 18% da população acima dos 60 anos, e a tendência é que esse número continue a crescer, chegando a quase 25% em 2040. Esse cenário traz um desafio para a área da saúde acerca do aumento de doenças crônicas ligadas ao envelhecimento, como as neurodegenerativas.

Neste ano, o Hospital Orizonti expandiu a área de neurologia com a criação de um ambulatório especializado no acompanhamento de pacientes com doença de Parkinson, liderado pelas médicas Lívia Pousas e Michelle Ramos, da neurologia, e Marcelo Penholate e Júlio Almeida, da neurocirurgia funcional. A iniciativa visa otimizar o tratamento e a qualidade de vida dos pacientes, oferecendo desde o acompanhamento clínico até a avaliação para a cirurgia de Estimulação Cerebral Profunda (DBS), uma técnica avançada que pode trazer alívio significativo dos sintomas.



"Estamos modernizando e ampliando nosso serviço de neurologia para oferecer um cuidado ainda mais completo e especializado aos pacientes com Parkinson", explica Lívia Pousas, médica neurologista. "Nosso objetivo é avaliar criteriosamente cada caso, identificar os pacientes que podem se beneficiar da cirurgia e acompanhá-los em todas as etapas do processo, desde a avaliação pré-operatória até o pós-operatório, ajustando a terapia para garantir a melhor qualidade de vida possível", afirma a especialista.

A cirurgia de DBS consiste na implantação de eletrodos no cérebro que estimulam áreas responsáveis pela produção de dopamina, neurotransmissor deficiente em pacientes com Parkinson. Embora não seja uma cura, a DBS pode aliviar significativamente os sintomas motores da doença, como tremores, rigidez e lentidão dos movimentos, proporcionando maior autonomia e qualidade de vida.


"A cirurgia é indicada para pacientes com diagnóstico confirmado de Parkinson, que apresentam complicações motoras como flutuações ao longo do dia, movimentos involuntários e que estejam com efeitos colaterais a doses elevadas da medicação. É fundamental que o paciente tenha uma boa condição clínica geral, cognição preservada e apoio familiar para garantir o sucesso do tratamento", reforça Lívia Pousas.

Em janeiro, Maria Tsutsumi veio de Rondônia para realizar a cirurgia de DBS no hospital e já sente mudanças. "Convivo com o Parkinson há alguns anos, e no início foi muito difícil. Os tremores me impediam de fazer coisas simples, como caminhar e comer. Desde que fiz a cirurgia no Hospital Orizonti, sinto que recuperei um pouco da minha vida. A equipe é atenciosa, me explicam tudo com paciência e me dão esperança. Saber que existem tratamentos inovadores, como o DBS, me dá forças para seguir em frente e acreditar que posso ter uma vida com mais qualidade e independência", conta a paciente.


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