ABRIL MARROM

Glaucoma congênito pode afetar bebês e crianças

Condição rara pode levar à cegueira se não diagnosticado e tratado precocemente

Publicidade

Embora comumente associado ao envelhecimento, o glaucoma também pode afetar bebês e crianças pequenas, representando uma ameaça silenciosa à visão infantil. Conhecido como glaucoma congênito (presente ao nascimento) ou infantil (desenvolvido nos primeiros anos de vida), a condição é rara, mas exige atenção redobrada de pais, cuidadores e profissionais de saúde devido ao seu potencial devastador se não for tratado a tempo.

O glaucoma é caracterizado por danos ao nervo óptico, estrutura essencial para a visão, frequentemente associados ao aumento da pressão dentro do olho. Em crianças, a causa geralmente está ligada a um desenvolvimento anormal do sistema de drenagem do olho ainda no útero, levando ao acúmulo de líquido e aumento da pressão intraocular.

Diferentemente dos adultos, que muitas vezes não apresentam sintomas nas fases iniciais, o glaucoma em crianças pode manifestar sinais mais visíveis, embora sutis. É crucial que os pais estejam atentos a possíveis indicadores, como: lacrimejamento excessivo (sem choro aparente); sensibilidade aumentada à luz (fotofobia); piscar frequente ou espasmos das pálpebras (blefaroespasmo); olhos de aparência aumentada ou "saltada" (buftalmia); córnea com aspecto embaçado, opaco ou azulado; vermelhidão ocular persistente; esfregar os olhos constantemente; e aparente dificuldade visual ou estrabismo.

 

Érika Yumi, oftalmologista especialista em glaucoma e em atendimento pediátrico do NEO Oftalmologia, enfatiza a importância da vigilância: "Muitos pais desconhecem que o glaucoma pode acometer os pequenos. É uma condição séria, mas com diagnóstico precoce e tratamento adequado, que geralmente envolve cirurgia ou colírios, podemos controlar a pressão ocular e preservar a visão da criança. Por isso, é importante que qualquer sinal diferente nos olhos do bebê ou da criança pequena deve ser investigado por um oftalmologista o quanto antes”, afirma.

O diagnóstico precoce é fundamental. O "Teste do Olhinho", realizado na maternidade, pode detectar algumas alterações, mas exames oftalmológicos completos, incluindo a medição da pressão intraocular e avaliação do nervo óptico (muitas vezes feitos sob sedação em bebês), são necessários para confirmar o diagnóstico.

“A falta de tratamento ou o tratamento tardio podem levar a danos irreversíveis no nervo óptico e, consequentemente, à perda progressiva da visão, podendo culminar em cegueira”, alerta Érika. Informar a população sobre essa possibilidade é um passo essencial para garantir que mais crianças tenham acesso ao diagnóstico e tratamento em tempo hábil, protegendo seu futuro visual.

Siga nosso canal no WhatsApp e receba notícias relevantes para o seu dia

Acesse sua conta

Se você já possui cadastro no Estado de Minas, informe e-mail/matrícula e senha. Se ainda não tem,

Informe seus dados para criar uma conta:

Digite seu e-mail da conta para enviarmos os passos para a recuperação de senha:

Faça a sua assinatura

Estado de Minas

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Aproveite o melhor do Estado de Minas: conteúdos exclusivos, colunistas renomados e muitos benefícios para você

Assine agora
overflay