Brasil é o país com maior número de dados sigilosos vazados segundo pesquisa -  (crédito: FreePik)

Brasil é o país com maior número de dados sigilosos vazados segundo pesquisa

crédito: FreePik

O Brasil é o país com o maior número de dados sigilosos vazados, segundo levantamento da empresa NordVPN, uma das maiores do mundo no ramo de cibersegurança. Ao todo, foram mais de 2 bilhões de informações pessoais como nome completo, e-mail, senha e endereço residencial que acabaram na dark web em 2023.  Em todo o mundo, o número chega a 54 bilhões de dados.

Desse total, 30% dessas informações eram válidas. Os sites com maior número de dados vazados são o Google, o YouTube, o Microsoft e o Bing.

 

Uma das maneiras de se proteger é fazer o egosurfing, que nada mais é que pesquisar o próprio nome na internet para ver quais informações aparecem.

 

A medida pode ajudar que o usuário on-line descubra quais dados pessoais estão disponíveis na internet. “Não é só questão de vaidade. É sobre controle. É sobre estar ciente do que está lá fora sobre você, antes que os outros encontrem. É sobre segurança digital”, explica a advogada Moniche de Sousa,  membra efetiva da Associação Nacional de Advogados de Direito Digital.

 

Mas o cuidado vai além do hábito de pesquisar. “Ao buscar ativamente por suas próprias informações na internet, você pode identificar possíveis exposições de dados pessoais. Isso permite que você tome medidas para proteger sua privacidade e segurança online”, destaca a especialista.

Ela ainda deu um passo a passo para quem quer adotar o egosurfing:


  1. Revise suas configurações de privacidade nas redes sociais;

  2. Pesquise por seu nome, endereço, documento de identidade e outros dados pessoais em mecanismos de busca como o Google; 

  3. Se encontrar algo, entre em contato com a fonte dos dados para solicitar a exclusão do conteúdo; 

  4. Vá às autoridades se o material encontrado for ilegal.


Outras dicas

 

Além do egosurfing, outros hábitos podem auxiliar na segurança on-line dos usuários. O primeiro deles é o fortalecimento de senhas. A recomendação de especialistas é evitar senhas fáceis ou óbvias, como “123456” ou “abcdef”. Em vez disso, opte por senhas complexas que mescle letras maiúsculas e minúsculas, números e caracteres especiais. Outra dica é evitar usar a mesma senha em diferentes plataformas. Para armazenar essas informações com segurança, use algum gerenciador de senhas.


Além disso, em sites e redes sociais é crucial usar a chamada autentificação de dois fatores, que requer um segundo método de verificação além da senha. Com isso, mesmo que alguém saiba sua senha, o invasor não conseguirá acessar sua conta.

 

Sempre que possível faça a atualização dos softwares que utiliza, porque os novos recursos corrigem falhas de segurança e vulnerabilidades identificadas, dificultando que crackers encontrem brechas no sistema. O sistema operacional, os aplicativos e o antivírus devem sempre estar atualizados.


 

Outro conselho é evitar a conexão em redes wi-fi públicas e não protegidas, especialmente para fazer transações bancárias ou acessar informações confidenciais. Caso seja necessário acessar essas redes, use uma conexão VPN para criptografar seus dados.

Como os dados pessoais geralmente são armazenados em cookies, o ideal é revisá-los e limpá-los regularmente. Apague os cookies desnecessários e antigos. Com isso, você reduz a quantidade de dados disponíveis para serem comprometidos se ocorrer qualquer violação de segurança.

 

Durante as compras online, verifique se o site ou aplicativo é mesmo o da loja que deseja comprar. Na hora do pagamento, opte pelo cartão virtual, que pode ser facilmente cancelado e reemitido sem comprometer o cartão físico. Esse método de pagamento protege de sites falsos, cobranças abusivas e vazamentos de dados.


Outra dica é redobrar o cuidado com o phishing, que é a tentativa de fraude para obter ilegalmente informações como número da identidade, senhas bancárias, número de cartão de crédito, entre outras, por meio de e-mail com conteúdo duvidoso se passando por instituições confiáveis. Também pode acontecer por mensagens ou chamadas telefônicas. Por isso, fique atento a mensagens suspeitas e não clique em links ou forneça informações pessoais sem verificar a autenticidade do remetente.