Como grandes capas de álbuns brasileiros foram criadas? Essa foi a pergunta que motivou o especialista em tecnologia e design Gabriel Brasil. Ele selecionou grandes fotografias que fazem parte da história da música brasileira e usou a inteligência artificial para criar o contexto.
- Leia: 5 dicas para tirar fotos perfeitas com o seu celular
- E mais: carro de Elon Musk identifica ‘fantasmas’ e apavora motoristas
Para gerar as cenas animadas, ele usou duas ferramentas: Luma e Runway IA, que produzem vídeos a partir de comando de texto e imagens estáticas. As plataformas têm versões gratuitas, e o artista não informou qual versão usou.
Os álbuns escolhidos foram “Clube da esquina” (1975), de Milton Nascimento e Lô Borges; “Samba esquema novo” (1963), de Jorge Ben; “Secos e Molhados” (1973), de Secos & Molhados; e “Verde que te quero rosa” (1977), de Cartola. O resultado dividiu o público, que acusou o artista de “tirar a magia” dos trabalhos originais, levantou questões éticas ou admirou as imagens.
“Acho difícil ‘estragar’ qualquer arte. As capas continuam existindo”, explicou Gabriel em um comentário no Instagram. “A emoção que as pessoas sentem ao ver um vídeo criado por IA se dá pelas memórias afetivas dessas obras geniais. Discutir se uma técnica vale mais que a outra não leva a lugar nenhum. Também não acho que o papel da IA seja ‘melhorar’ nada, assim como não acho que seja o trabalho da arte ser ‘melhor’ do que a arte anterior”, defendeu.
Em um segundo vídeo, Gabriel Brasil trouxe os álbuns “Chico Buarque de Holanda” (1966), “Cartola II” (1976), “Chega de saudade” (1959), de João Gilberto; “Os mutantes” (1968), “Roots”, do Sepultura; e “Todos os olhos” (1973), de Tom Zé.
Ver essa foto no Instagram