Heloisy Pereira Rodrigues é a primeira mulher a se formar em IA na América Latina -  (crédito: LinkedIn / Heloisy Pereira Rodrigues)

Heloisy Pereira Rodrigues é a primeira mulher a se formar em IA na América Latina

crédito: LinkedIn / Heloisy Pereira Rodrigues

A Dove anunciou Heloisy Pereira Rodrigues como embaixadora da marca. Segundo a empresa, ela representará a “Beleza Real na Inteligência Artificial". Heloisy, de 24 anos, é a primeira mulher formada em IA na América Latina e vai trabalhar com a marca para reeducar algoritmos direcionados à construção dos padrões de beleza do futuro. 


A iniciativa faz parte da nova campanha da Dove, que questiona como a IA representa as mulheres, deixando “mulheres reais” de fora.  A embaixadora terá como missão participar de ações educativas sobre o tema, combatendo os vieses sociais existentes no que se diz respeito à representação de mulheres, estando à frente de iniciativas para tornar as tecnologias mais diversas e inclusivas. 


Na prática, ela integrará palestras e eventos sobre Inteligência Artificial generativa, produção de conteúdos, atuação nas redes sociais sobre o tema, e elaboração de projetos para encorajar outras mulheres a se especializar em IA.

 


“Desde que comecei a atuar em projetos de Inteligência Artificial, ainda durante a faculdade, percebi como a presença de mais mulheres é, não só importante, como fundamental para que possamos provar que a IA pode ser uma ferramenta justa no nosso dia a dia, influenciando positivamente em comportamentos e padrões. E essa conscientização precisa acontecer desde já. Afinal, o futuro é agora”, afirma Heloisy Pereira Rodrigues.


Há 20 anos, a Dove busca trazer diversidade para suas campanhas de publicidade, criticando os corpos estereotipados. Para marcar as duas década, a marca lançou o Código Dove, com o objetivo de mudar “automaticamente o viés da beleza irreal na inteligência artificial, além de trazer um espectro muito mais amplo de diversidade, realidade e autenticidade na representação de mulheres”.


A marca apresentou um estudo sobre a beleza e autoestima ao redor do mundo. Segundo a pesquisa, quase 87% das mulheres adultas e 88% das jovens (no Brasil, 95% e 92%, respectivamente) relatam que já foram expostas a conteúdos tóxicos de beleza on-line. Outro dado que chama atenção é o fato de que uma a cada duas mulheres e meninas brasileiras se sentem pressionadas a alterar sua aparência por conta do que veem nas redes, mesmo sabendo que se trata de imagens manipuladas. 


“O surgimento da IA e seus respectivos vieses constitui uma das maiores ameaças à Beleza Real dos últimos 20 anos, o que significa que a representação é mais importante do que nunca”, diz o site da marca.