O diretor executivo do Telegram, Pavel Durov, revelou recentemente mudanças significativas na moderação do aplicativo, visando aprimorar o controle de conteúdos ilegais. O fundador da plataforma fez este anúncio logo após classificar sua detenção pelas autoridades francesas, ocorrida no mês passado, como “equivocada”.

 

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Durov, que enfrenta acusações de permitir atividades criminosas no Telegram, usou a rede social X para afirmar que o app está “comprometido em transformar a moderação no Telegram de uma área de críticas para uma de elogios”.

 

Telegram adapta recursos para melhorar moderação

Entre as mudanças anunciadas por Pavel Durov estão a remoção da função “pessoas próximas”, que, segundo ele, apresentava “problemas com bots e golpistas”. Esta função será substituída por “negócios próximos”, que mostrará empresas legítimas.

 



 

Outra alteração significativa foi a desativação do upload de mídias na ferramenta de blog do app, Telegraph, que estava sendo “utilizada indevidamente por atores anônimos”.

 

Conforme reportado pelo site de notícias tecnológicas The Verge, o Telegram também retirou de sua página de perguntas frequentes referências de que os chats privados são protegidos e que pedidos para moderá-los não seriam processados.

 

Como suas mudanças impactam os usuários?

Por conta dessas modificações, agora os usuários podem relatar novos chats aos moderadores. Durov afirmou ao The Guardian que os quase 1 bilhão de usuários do Telegram foram prejudicados por uma minoria.

 

“Enquanto 99.999% dos usuários do Telegram não têm nenhuma ligação com crimes, os 0.001% envolvidos em atividades ilícitas criam uma imagem negativa para toda a plataforma, colocando os interesses de nossos quase um bilhão de usuários em risco”, disse ele.

 

Além disso, Durov destacou que o Telegram alcançou 10 milhões de assinantes pagos, demonstrando a confiança e o suporte contínuo da comunidade de usuários.

 

A prisão de Pavel Durov e suas implicações

Durov foi detido na França em agosto, como parte de uma investigação relacionada a imagens de abuso sexual infantil, tráfico de drogas e transações fraudulentas associadas ao app. Ele descreveu seu arresto como “equivocado” e negou que o aplicativo fosse um “paraíso anárquico”.

 

 

Em seu post, ele mencionou que a autoridade francesa tinha acesso a uma “linha direta” que ele ajudou a configurar, podendo entrar em contato com o representante da UE a qualquer momento.

 

“Se um país está insatisfeito com um serviço de internet, a prática estabelecida é iniciar uma ação legal contra o próprio serviço”, escreveu ele. “Usar leis da era pré-smartphone para acusar um CEO por crimes cometidos por terceiros na plataforma que ele gerencia é uma abordagem equivocada.”

 

Quais são as próximas mudanças esperadas?

O Telegram, sob a liderança de Durov, está realizando outros ajustes que visam melhorar a segurança e a confiança na plataforma. A comunidade de usuários pode esperar:

 

  • Ampliação de Parcerias: Estabelecimento de novos acordos com empresas de cibersegurança para monitorar e identificar atividades suspeitas.
  • Novos Recursos de Privacidade: Implementação de ferramentas que aumentem a privacidade sem comprometer a segurança.
  • Feedback dos Usuários: Encorajamento para que os usuários reportem problemas e sugerem melhorias.

 

Essas ações visam não só fortalecer a segurança do aplicativo, mas também reestabelecer a confiança dos seus usuários frente aos desafios impostos pelas autoridades e atividades ilícitas de uma minoria.

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