Os animais de estimação sempre estiveram presentes no contexto social. Atualmente, os pets estão em alta na constituição das famílias brasileiras. Há um fenômeno corrente, chamado pet parenting, que é a adoção consciente e responsável de animais de estimação. E por isso a viagem com pets já é uma realidade.

Esse fenômeno social fez com que esses animais se tornassem membros efetivos das famílias brasileiras. Sendo tratados com amor, respeito e dedicação, similares aos destinados aos demais componentes humanos. A partir desse novo arranjo familiar, os pets passaram a fazer parte das viagens e programas turísticos.

Pesquisas realizadas e publicadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que os lares brasileiros, na atualidade, têm mais animais de estimação do que crianças. Vejamos uma constatação empírica, observem os nomes dos pets, são “batizados” como humanos, assumindo papéis importantes na composição familiar. Além disso, ganharam espaço dentro de casa.

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Dados recentes da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), apontam que há no Brasil aproximadamente 144,3 milhões desses pets, discriminados na seguinte quantidade:  55,9 milhões são cães; 40,4 milhões aves canoras e ornamentais; 25,6 milhões gatos; 19,9 milhões peixes ornamentais e 2,5 milhões compõem o grupo de répteis e pequenos mamíferos.

O Fenômeno Pet Friendly

O mercado está atento ao crescimento da demanda por ambientes pet friendly. Estão disponíveis uma ampla rede de produtos e serviços destinados a animas de estimação. Assim, também, é uma tendência do mercado do turismo.

Nessa perspectiva, o que é preciso levar em consideração durante o planejamento de uma viagem com o pet? Muitas questões devem ser tratadas a partir do momento da escolha de uma viagem, na qual esse novo componente familiar esteja inserido.

Nesses momentos, torna-se crucial conhecer informações úteis e necessárias para um planejamento seguro e eficaz, para certificar a possibilidade de ter seu pet curtindo as viagens com você. As indicações de ambientes acolhedores e seguros serão um guia indutor nesse processo de seleção dos destinos.

Sabedor disso, o start original para essas providências deve ser a definição do local a ser visitado. Obrigatoriamente, havendo a aceitação do conceito  Pet friendly. Aí sim, serão estabelecidas questões relativas ao meio de transporte e providências decorrentes.

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Cada viagem, nacional ou internacional, demandará procedimentos específicos. No entanto, todos eles passam pela devida documentação do pet, pelo correto acompanhamento veterinário, pela imunização sanitária através das vacinas e pela vermifugação adequada.

Como transportar seu Pet de maneira segura?

Há uma imensa gama de possibilidades de transporte para o seu pet. Essa particularidade será definida em virtude do tipo de viagem a ser desenvolvida, mas citaremos os mais comuns:

Transporte Rodoviário

O transporte de pets, via modal rodoviário, ainda carece de regulamentações.  No entanto, há leis de trânsito e normas formais de segurança, possibilitando um deslocamento seguro.

Automóvel

É muito comum observarmos tutores conduzindo seus pets, de maneira aleatória, no interior de veículos. O Código de Trânsito Brasileiro (CTB), porém, prevê infrações referentes ao tema, que implicam multa e adição de pontos na CNH.

Há constatações fáticas da realidade cotidiana, nas quais o motorista dirige com o pet no colo ou mesmo solto no interior do veículo.  

Deixar o pet solto no interior do carro pode ocasionar um perigo real para os passageiros e para o animal numa frenagem brusca, ou mesmo uma manobra inesperada. Ainda, o animal livre no interior do veículo pode ser um ponto de desatenção do motorista.

Para evitar essa insegurança há no mercado uma série de apetrechos que podem trazer conforto e segurança aos animais e passageiros durante deslocamentos em viagens. Lembrando que essas recomendações podem servir para as atividades cotidianas.

Caixas de transporte: É um meio comum de transporte. No entanto, deve-se verificar as condições de possibilidade de stress do animal.

Assento cadeirinha: também indicado para aninais de pequeno porte, verifica-se mais confortável em relação à caixa de transporte.

Cinto de segurança peitoral: O aparato está em conformidade com a legislação, recomendado para todos os portes, fixa o animal, evitando deslocamentos não apropriados no interior do veículo.

Transporte em ônibus de viagem

Nessa modalidade de transporte rodoviário, a Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) regulamenta que cães e gatos só poderão viajar havendo atestado sanitário. Essa liberação deverá ser feita por médico veterinário com registro formal no estado de origem.

É importante conhecer as normas das empresas, pois há situações de permissão de transporte de animais de pequeno porte junto ao passageiro. Por vezes, as empresas permitem a compra da cadeira ao lado para o transporte do animal. Algumas, permitem o transporte de animais, exclusivamente no bagageiro de carga.  Cada prestador de serviço estabelece condições para esse momento. Por isso, informe-se!!!

No caso de animais silvestres, será obrigatória a Guia de Trânsito do animal (GTA), atestado de saúde, carteira de vacinação e autorização de transporte do IBAMA.

Em aviões

Para viajar com o animal de estimação, no modal aéreo, é preciso uma certa antecedência na preparação, pois os critérios são bastante diferentes de uma companhia aérea para outra. Ainda, sugere-se buscar o maior número de informações com a operadora e a companhia aérea.

A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) regulamenta que o transporte de animais seja cobrado à parte, devendo o tutor realizar a reserva antecipadamente, por questão de limitação de animais por voo. É fundamental verificar a relação dos animais permitidos em voos.

As maneiras mais comuns de transporte são: alguns pets de pequeno porte podem ser transportados na cabine, devidamente acondicionado em ambiente próprio.  Nos casos de animais de maior porte serão acondicionados no compartimento de carga, também em habitáculo próprio.

Nos voos nacionais devem ser observados o atestado sanitário, carteira de vacinação antirrábica, sendo opcional o passaporte para trânsito.

Para os voos internacionais serão cobrados os mesmos procedimentos do nacional, acrescidos do Certificado Veterinário Internacional (CVI) e Certificado Zoosanitário Internacional (CZI), estes são documentos que comprovam o atual estado de saúde do pet e se está apto para viajar. Ainda, microchipagem ou tatuagem de identificação na orelha do pet.

Essas especificações devem ser conferidas junto a empresa aérea.

Animais de trabalho e apoio emocional

Os animais de trabalho terão tratamento diferenciado no que diz respeito a condução em voos.

No caso de Cão-guia, há uma regulamentação diferenciada, pois devidamente documentados, podem acompanhar seus tutores.

Cães policiais e bombeiros também são enquadrados em diferentes condições para acesso em transportes aéreos.

Os animais de apoio emocional, devidamente regulamentados por laudos médicos, terão acessos em conformidade com a exigência médica prescrita.

No caso específico dos animais silvestres será obrigatória a Guia de Trânsito do animal (GTA), atestado de saúde, carteira de vacinação e autorização de transporte do IBAMA.

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No mais adote procedimentos que possam contribuir com sua tranquilidade.  Sua segurança e do seu pet são fundamentais.  Divirta-se em suas viagens. Caso queira compartilhar suas experiências, de forma que a coluna possa contribuir para a segurança dos demais turistas, envie sua sugestão no Instagram @portaluaiturismo .

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