Em congresso no Tauá, AMIHLA reivindica o PERSE para toda hotelaria (Foto: Alexandre Coutinho/ AMIHLA)

Na véspera da sanção presidencial do “novo” PERSE (Lei Federal 1.026/2024), em cerimônia marcada para esta 4ª feira às 16 horas em Brasília, o setor hoteleiro segue mobilizado para defender os interesses também dos pequenos empreendimentos. “Cerca de 25% dos hotéis em Minas Gerais enquadrados no regime de tributação do Simples Nacional, estão operando no vermelho, por isso, a restituição dos valores aos hotéis que ainda não foram contemplados com o PERSE é tão urgente. Todo o setor está unido em favor dessa causa. Os pequenos hotéis sofrem tanto quanto os médios e grandes, mas não têm capacidade de recuperação porque pagam todos os impostos normalmente. Nossa entidade busca essa paridade de tributação para todos que atuam no segmento”, afirma Alexandre Santos, presidente da AMIHLA. 

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Em busca de ações para romper os desafios e fortalecer o turismo mineiro, a Associação Mineira de Hotéis de Lazer (AMIHLA) promoveu no dia 7 de maio, seu 3º Congresso no Tauá Resort Caeté, onde reuniu mais de 300 gestores do setor para um dia de debates e capacitações. A medida judicial coletiva da entidade referente a 70% dos hotéis e pousadas de Minas Gerais não beneficiados pelo Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (PERSE) foi um dos temas abordados pelo presidente da associação, Alexandre Santos, durante a abertura do evento: “Não vamos poupar esforços até garantir que os meios de hospedagem não contemplados também recebam os benefícios para superar seus desafios e desenvolver seus negócios”.

Muito conteúdo no 3º Congresso da AMIHLA

O evento contou com expoentes de mercado, como Lizete Ribeiro, CEO do Grupo Tauá de Hotéis, que revelou os segredos por trás do sucesso da rede, conhecida por sua cultura de relacionamento com os clientes e estratégias de entretenimento. O consultor hoteleiro, Pedro Cypriano destacou a importância de estratégias focadas no regionalismo e na tematização para manter-se dentro das principais tendências do mercado e Diogo Gonçalves, presidente da Rádio Itatiaia alertou os hoteleiros sobre os benefícios de praticarem uma gestão financeira com objetivos bem delineados.  O 3º Congresso da AMIHLA apresentou ainda palestras sobre inovação e gestão de pessoas com André Bekerman, diretor geral da Trul Hotéis e de Waleria Fenato, consultora de “Revenue Management” a respeito da gestão de precificação e receitas.

O congresso foi também o marco de lançamento do programa de capacitação “Hotelaria em Movimento” que tem a meta de qualificar mais de 10 mil profissionais até 2026 em regiões de Minas Gerais, por meio de cursos online e presenciais. A escassez de profissionais qualificados e disponíveis no mercado de turismo e eventos tem sido um obstáculo significativo para o crescimento da hotelaria no Brasil. Somente em Minas Gerais estimam-se mais de 25 mil vagas não preenchidas (1,5 milhão em todo o Brasil) devido à falta de trabalhadores capacitados. “O objetivo é fornecer meios e instrumentos para que empresas e profissionais prestem um atendimento de qualidade a todos os turistas que visitam suas regiões, proporcionando a estes uma experiência incrível, seja no segmento hoteleiro, gastronômico ou cultural”. Diz ainda Alexandre Santos.

Capacitação de gestores e foco no regionalismo

Segundo o “Mapa de Empresas” elaborado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDICS), 29% das empresas brasileiras fecham as portas nos primeiros 5 anos. Para minimizar esses danos o programa da AMIHLA também contempla a capacitação de gestores e proprietários hoteleiros, proporcionando-lhes conhecimento para administrar seus negócios de forma eficaz e sustentável. “Fatores como: Gestão ineficaz, falta de renovação dos estabelecimentos e a rotatividade de pessoal geram incertezas para turistas que planejam suas viagens, por isso é crucial capacitar gestores e forças laborais”, explica Flávia Araújo presidente da ABIH-MG que prestigiou o evento.

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Outro pilar do programa é o fomento de atividades regionais da demanda turística. Eventos como o “Festival Gastronômico de Tiradentes” e o “Carnaval de Belo Horizonte” atraem muitos visitantes e impulsionam as economias locais, lotando hotéis, restaurantes e gerando receitas. “Focar no regionalismo é crucial para fortalecer o turismo como um todo, pois destaca as características únicas e distintas de cada região mineira. Ao dar ênfase na cultura, gastronomia e tradições típicas da mineiridade, o regionalismo permite que os destinos se diferenciem e posicionem-se de forma mais competitiva no mercado turístico”, pontua Alexandre.

“Congressos unem pessoas que vivem realidades similares, fortalecem parcerias, propagam informação e  a implementação de novas ideias”

Maarten Van Sluys (Consultor Estratégico em Hotelaria – MVS Consultoria)

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