O overturismo é um fenômeno que vem ganhando cada vez mais atenção nos últimos anos à medida que o turismo global continua a crescer. Esse fenômeno ocorre quando um destino turístico recebe um número excessivo de visitantes, excedendo sua capacidade de lidar com esses fluxos de maneira sustentável.
Esse excesso de turistas pode trazer sérios impactos negativos para os destinos afetados. Alguns dos principais riscos incluem:
Degradação ambiental: O grande número de visitantes pode exercer uma pressão excessiva sobre os recursos naturais, levando à erosão, poluição e danos a ecossistemas frágeis.
Gentrificação e deslocamento da população local: O aumento nos preços de imóveis e aluguéis devido à alta demanda turística pode forçar a saída da população local de suas próprias comunidades.
Perda da autenticidade cultural: A necessidade de atender às expectativas dos turistas pode levar à "desnaturalização" da cultura local, com a comercialização excessiva de tradições e a artificialização da experiência.
Sobrecarga na infraestrutura: A infraestrutura local, como transportes, saneamento e serviços públicos, pode ficar sobrecarregada e não conseguir atender adequadamente o grande número de visitantes.
Tensões sociais: O conflito entre turistas e residentes locais pode aumentar devido à percepção de que os visitantes estão desfrutando dos benefícios do turismo, enquanto a população local arcam com os custos.
É fundamental que destinos turísticos desenvolvam estratégias de gerenciamento do fluxo de visitantes de forma a mitigar esses riscos e garantir que o turismo seja uma atividade sustentável e benéfica para as comunidades locais a longo prazo.
Lugares proibidos
Em contrapartida, ainda hoje existem locais proibidos para os seres humanos, seja por perigos à vida, patrimônio histórico ou científico. Um deles está no Brasil, em São Paulo. Índia, Noruega, França, Austrália também estão na lista; confira:
Ilha da Queimada Grande – Brasil
Conhecida como Ilha das Cobras, o local tem entre uma a cinco cobras por metro quadrado, estimam pesquisadores. A circulação é proibida.
Ilha Sentinela do Norte – Índia
A Sentinela do Norte é uma das ilhas do arquipélago de Andamão, na baía de Bengala. A maior parte da ilha é coberta por florestas. A parte norte da ilha Sentinela do Norte é habitada pelos sentineleses, uma tribo que vive por lá.
Os sentineleses são hostis e totalmente contrários à ideia de ter contato com outras civilizações. Seu grau de isolamento é tão grande que essa tribo da ilha Sentinela do Norte é um dos últimos povos ainda sem absolutamente nenhum contato com a civilização moderna.
Svalbard Global Seed Vault – Noruega
É um enorme depósito de sementes de todo o mundo, no arquipélago de Svalbald, na Noruega. O depósito guarda em segurança máxima 1,1 milhão de amostras de sementes de 5,4 mil espécies vegetais, enviadas por mais de mais de 80 países desde 2008.
Gangkhar Puensum – Butão
Gangkhar Puensum é a montanha mais alta do Butão com 7.570 metros e seu topo nunca foi escalado pelos homens. Mas isso não se deve ao fato de sua altitude, mas por uma disputa territorial entre a China e o Tibet, pois a montanha está situada na fronteira dos dois países.
Uluru- Kata – Tjuta – Austrália
Uma das paisagens mais famosas da Austrália, o monólito Uluru é um bloco único de arenito de 3,6 km de extensão e 1,9 km de largura, conhecido como o “umbigo do mundo”. Em 2017, o conselho do Parque Nacional Uluru-Kata Tjuta votou por unanimidade o fim da escalada por causa do significado espiritual do local, bem como por razões de segurança e ambientais.
Gruta de Lascaux – França
O local é um complexo subterrâneo de cavernas e túneis que se estende por quilômetros abaixo da superfície. De acordo com as gravuras e ferramentas encontradas na gruta, os pesquisadores estimam que a caverna tenha sido ocupada em um período entre 17.300 a 20.000 anos atrás.
Descoberta em 1940 por Marcel Ravidat, que passeava com seu cão e achou que o buraco era perigoso e decidiu chamar alguns amigos para fechar o local. Mas a curiosidade levou os rapazes para dentro da caverna, que posteriormente compartilharam a descoberta com um professor.
Desde 1963 a caverna está fechada ao público, e apenas estudiosos credenciados têm autorização para entrar.