Personagens ganham vida na voz da contadora de histórias Alessandra Visentin -  (crédito: Silvia Lacerda/Divulgação)

Personagens ganham vida na voz da contadora de histórias Alessandra Visentin

crédito: Silvia Lacerda/Divulgação

Era uma vez, muito antes da era digital e das redes sociais, quando a imaginação era a principal ferramenta de entretenimento, que a arte de contar histórias floresceu. Desde os primórdios da humanidade, nossos antepassados se reuniam em torno da fogueira, passando de geração em geração as narrativas que davam sentido ao mundo ao seu redor. Essas histórias eram a forma pela qual eles compreendiam a si mesmos, suas tradições e sua conexão com o universo.

 

 


Com o passar dos séculos, essa tradição ancestral evoluiu, ganhando novas formas de expressão. Os bardos, trovadores e contadores de histórias se tornaram figuras reverenciadas, levando seus públicos a mundos mágicos através do poder da palavra. Seja em versos épicos recitados em palácios, ou em lendas sussurradas em torno de uma lareira, a narrativa oral era o cimento que unia as comunidades.



“Era uma vez”… Quem não se lembra dessa frase dos tempos de criança? Naquela época, havia um horário e um ritual para começar a contação de histórias pelo pai, pela  mãe,  pelo avô ou por outro familiar. Geralmente, na hora dormir, com meia luz…  As histórias de princesas, heróis e bruxas, tomavam conta da imaginação da garotada. As histórias contadas às crianças eram uma parte vital da vida familiar e propiciavam momentos de afeto e de diversão. Porém,  a ampla disseminação da alfabetização e da mídia digital mudou esse cenário e as crianças de hoje, a maioria, totalmente tecnológicas, acabam usando os tablets e smartphones como ferramenta para entretenimento.

 


Mundo encantado

Enquanto os adultos fazem aulas de ioga, as crianças se divertem com mundo máqico dos livros

Enquanto os adultos fazem aulas de ioga, as crianças se divertem com mundo máqico dos livros

Silvia Lacerda/Divulgação

Mas no Vetor Norte, as histórias e suas personagens ganham vida na voz da contadora de histórias, Alessandra Visentin, que idealizou em 2014 – o Piquenique Literário. 10 anos depois e, com edições realizadas apenas na cidade de Lagoa Santa, o Piquenique Literário expande seus horizontes graças a recursos da Lei Paulo Gustavo e passará a circular pelas  cidades de  Pedro Leopoldo neste sábado (23/06), Matozinhos (28/07), Vespasiano (18/08) e São José da Lapa (29/09).




Na edição de Pedro Leopoldo, que acontecerá na Praça da Estação, de 9 às 12h, muitas atrações estão sendo preparadas, com destaque para artistas regionais e intercâmbio municipal, incluindo atividades como ioga, capoeira, lian gong, apresentação musical com Banda Neutrox e Marcelo Fonseca no violino e convidado, Território Lúdico, além de uma oficina de dobraduras.




Alessandra Visentin participa de sessões de contação de histórias, sempre acompanhada de seu fiel escudeiro João de Ana, músico talentoso que de maneira lúdica e interativa promove a integração dos participantes.  “As crianças são estimuladas a se apresentarem, a lerem, a declamarem poemas prediletos (que já conhecem ou que conheceram no próprio evento) e os demais participantes também atuam como mediadores de leitura, oferecendo dicas e realizando leitura em voz alta, favorecendo, pois, o encontro das pessoas com os livros e divulgando a arte de contar histórias, com a formação de um novo público”, explica Alessandra Visentin.




Enquanto a contação de histórias acontece, Camila Rajão,  residente de Pedro Leopoldo e entusiasta da cultura da primeira infância dentre outras culturas e fazeres, conduzirá uma oficina de pinturas.