Cerca de 20 mil pessoas, segundo estimativas da polícia, protestaram nas ruas de Palma de Mallorca, nesse domingo (21/07), contra o turismo de massa, pedindo mudanças no modelo turístico nesta ilha, a maior do arquipélago mediterrâneo espanhol das Baleares.

 

 

Os manifestantes levavam bandeiras multicoloridas pelas vias mais turísticas da cidade, no âmbito de uma nova onda de protestos contra o turismo de massa na Espanha.

 

 

 

"Mallorca não está à venda" e "SOS moradores: Stop turismo" ou "Digital nomads go home" foram alguns dos lemas dos manifestantes, entre os quais também constava "Não é turismofobia, são números: 1.232.014 habitantes, 18 milhões de turistas". 

Segundo o primeiro balanço de representantes do governo central, nas Baleares protestaram cerca de 12.000 pessoas.

Mas veículos de imprensa local reportaram que o organizadores registraram 50.000 participantes. Mais tarde, a polícia informou que 20.000 pessoas tinham aderido ao protesto.

Manuel de la Calle, doutor em comércio e turismo, afirmou que "o que precisa ser feito é que as autoridades locais retomem o controle da atividade turística". 

 



 

Overturismo

 

Os protestos foram convocados por cerca de 80 organizações e grupos sociais que exigem limites para o turismo maciço nas Baleares, cujas principais ilhas são Mallorca, Menorca e Ibiza. 

"Do ponto de vista prático, é preciso considerá-la como uma atividade econômica legítima. Mas uma atividade econômica que deverá acabar tendo regulamentações semelhantes aos hotéis", disse o arquiteto e urbanista Jose Maria Ezquiaga.

 

 

"Que seja a comunidade de proprietários de imóveis os que possam estabelecer as regras do jogo e se são ou não aceitáveis determinados formatos", acrescentou.

 

 

No ano passado, um recorde de 17,8 milhões de pessoas visitaram as Ilhas Baleares, provenientes da Espanha e de outros países.


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