O hotel abriga peças de artistas renomados, como a escultura ‘A Sereia’, do artista mineiro Alfredo Ceschiatti
 -  (crédito: HN/Divulgação)

O hotel abriga peças de artistas renomados, como a escultura ‘A Sereia’, do artista mineiro Alfredo Ceschiatti

crédito: HN/Divulgação

Mais do que um resort urbano, é uma verdadeira obra de arte. Reconhecido como patrimônio histórico e cultural da humanidade, o Hotel Nacional, no Rio de Janeiro, na Praia de São Conrado, foi projetado por Oscar Niemeyer, com jardins idealizados por Roberto Burle Marx, dois dos mais renomados arquitetos e paisagistas do mundo. Hospedar-se em um Patrimônio da Unesco é uma experiência única de conferir a preciosidade artística da escultura ‘A Sereia’, do artista mineiro Alfredo Ceschiatti e se encantar com o mosaico de Athos Bulcão e o imenso painel de Carybé, que havia sido retirado da parede e leiloado irregularmente e foi retomado judicialmente – as 268 placas de concreto, de 40 quilos cada, voltaram ao ponto original.

 

 

 

Imenso painel do artista Carybé, com 268 placas de concreto e pesando 40 quilos cada

Imenso painel do artista Carybé, com 268 placas de concreto e pesando 40 quilos cada

HN/Divulgação

 

O hotel transcende a hospedagem, unindo história, sofisticação e inovação, consolidando-se como um ícone da arquitetura e da cultura hoteleira no Rio de Janeiro e no Brasil. Coladinho do Morro Dois Irmãos e com vista privilegiada da Pedra da Gávea, a imponente torre de 34 andares chama a atenção de quem passa pela região. Inaugurado em 1972, o Hotel Nacional foi um dos mais importantes hotéis da capital carioca - rivalizava com o Copacabana Palace na preferência de artistas. Ali eram realizados festivais como o Free Jazz e o de Cinema.

 

 

Celebridades

Cantora e atriz Liza Minnelli ficou hospedada no HN em 1974; apaixonada pelo Brasil fez questão de provar o arroz com feijão

Cantora e atriz Liza Minnelli ficou hospedada no HN em 1974; apaixonada pelo Brasil fez questão de provar o arroz com feijão

Arquivo
 

Inaugurado em 1972 pelo argentino José Tjurs, proprietário da antiga rede Horsa, o Hotel Nacional rapidamente se destacou como o mais moderno da América Latina e tornou-se um dos locais mais badalados da cidade. Contava com um salão de convenções com capacidade para 2.800 pessoas, apenas superado pelo Riocentro, além de um teatro para 1.400 espectadores, que recebeu apresentações de artistas como Liza Minnelli e B. B. King. Nos anos 1980, o hotel foi sede do Festival de Cinema do Rio e do Free Jazz Festival, que ocorreu até 1994, atraindo celebridades como Wim Wenders, Pedro Almodóvar, Nina Simone e Ray Charles.

 

O icônico edifício, junto com o Centro de Convenções e o Teatro, recebeu outras grandes personalidades da música como Stevie Wonder, Ray Charles, Sarah Vaughan, Chet Baker e James Brown, entre outros. Além disso, foi palco de eventos importantes como desfiles de moda e inúmeras convenções. Em 1974, ainda com Michael Jackson na formação, hospedou o grupo Jakson 5 em turnê pelo Brasil. E há alguns anos, a modelo Gisele Bündchen também prestigiou o hotel, sob a lente do fotógrafo Mario Testino.Durante o GP Brasil, o HN também serviu como ponto de parada para pilotos de Fórmula 1.

 

Em 1978, o Hotel Nacional hospedou o ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter, que na oportunidade também concedeu uma entrevista coletiva no local. Uma história curiosa envolvendo uma personalidade política é que Donald Trump, outro ex-presidente dos EUA, demonstrou interesse em comprar o Hotel Nacional, em 2003, quando o hotel ainda estava fechado.

 

 


Como é se hospedar no HN?

Jardim suspenso projetado pelo paisagista Roberto Burle Marx

Jardim suspenso projetado pelo paisagista Roberto Burle Marx

HN/Divulgação


Após a transferência de sua administração, o Hotel Nacional retornou como um resort urbano, oferecendo suítes master de 99m², que incluem sala, closet, banheiro, vista para o mar e enxoval de alta qualidade. Ao entrar no imponente lobby, os hóspedes encontram áreas de convivência, restaurantes, piscina e são recebidos por funcionários que apresentam detalhadamente os espaços, contando a história do local como se fosse uma exposição.

 

As suítes são amplas, equipadas com mesa de jantar e mini bar. A decoração é minimalista e elegante, enquanto as camas e roupas de cama são higienizadas e macias, garantindo conforto e agradáveis aromas. O hotel conta com tecnologia avançada, incluindo cromoterapia na cabeceira da cama e uma luz especial que se acende automaticamente quando o hóspede se levanta.

 

Cada suíte possui ar-condicionado e smart TVs tanto na sala quanto no quarto. O banheiro proporciona uma experiência relaxante, com banheira, poltrona de descanso e até uma televisão, criando um ambiente extremamente agradável. Na área externa, destaca-se uma das estátuas mais icônicas do Brasil, a bela sereia de Alfredo Ceschiatti, que observa a praia de São Conrado, situada muito próxima ao hotel. A maioria das suítes oferece uma vista privilegiada para o mar.

 

O Hotel Nacional também apresenta o belo jardim suspenso projetado por Burle Marx, repleto de diversas espécies de plantas bem cuidadas. Além disso, o hotel dispõe de academia, spa e um restaurante que serve pratos sofisticados e leves, garantindo uma estadia relaxante e prazerosa. 

 

Gastronomia nas alturas
Com uma gastronomia asiática e mediterrânea, o restaurante MASI fica no 30º andar com vista panorâmica para a Praia de São Conrado

Com uma gastronomia asiática e mediterrânea, o restaurante MASI fica no 30º andar com vista panorâmica para a Praia de São Conrado

HN/Divulgação

 

Sob a liderança do chef Nao Hara, o restaurante MASI oferece uma experiência gastronômica única e sofisticada, com uma abordagem criativa e contemporânea na preparação de pratos que combinam ingredientes frescos e técnicas culinárias de diferentes regiões. Localizado no 30º andar do hotel, o restaurante proporciona uma bela e panorâmica vista de São Conrado.

 

Já o restaurante A Sereia apresenta um menu assinado pelo chef pernambucano Fagner Cruz, que valoriza a diversidade da culinária brasileira, destacando suas particularidades regionais e a explosão de sabores típicos do país. Aos sábados, o restaurante oferece a tradicional Feijoada Nacional, que reflete a descontração e a essência carioca. O ambiente do estabelecimento combina elegância e aconchego, sendo ideal para a celebração de ocasiões especiais.

 

Em um ambiente que une arte e elegância, o Lounge Bar Carybé presta homenagem ao renomado artista, com seu imponente mural como cenário. Oferece uma seleção exclusiva de drinques autorais, assinados pelo premiado bartender Wanderson Guedes, além de vinhos premiados e destilados refinados, acompanhados de petiscos gourmet. Um refúgio perfeito para encontros e pequenas celebrações especiais.

 

 

NÚMEROS



413

é número de suítes do Hotel Nacional

 

R$ 430 mi

foi o valor da reforma em 2015

 

1998

Ano que o Hotel Nacional recebeu o título de Patrimônio pela Unesco

 

Como foi a reforma do hotel?


Após 21 anos fechado, o antigo Hotel Nacional, agora com 413 quartos ( todos de frente) e uma piscina em mármore branco voltada para a praia, passou por uma reforma de R$ 430 milhões e foi reaberto em dezembro de 2016. Reconhecido desde 1998 pela Unesco como Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade, a obra em 2015 manteve as características típicas da arquitetura de Niemeyer: vão livre do amplo lobby, sem pilares de sustentação; laje recortada; piscina arredondada; escadas e rampas curvas.