Quem disse que a morte é só tristeza? No México, ela é pura diversão! Em vez de luto, tem uma explosão de cores e sorrisos. É como se a morte tivesse sido convidada para uma festa e decidiu trazer toda a sua alegria. A Catrina, com seu vestido de gala, é a verdadeira anfitriã. Ela chega com um charme irresistível, convidando todos a se juntarem à festa. “Vamos celebrar a vida, pessoal! A morte é só uma nova dança!” E assim, todos se reúnem, prontos para uma noite de risadas e histórias.

 

 

O Dia dos Mortos, ou "Día de los Muertos", é uma das tradições mais emblemáticas do México, celebrado nos dias 1 e 2 de novembro. Essa festividade é uma mistura de elementos indígenas e católicos, refletindo a rica tapeçaria cultural do país. Durante esses dias, as famílias se reúnem para honrar e lembrar seus entes queridos que já partiram, celebrando a vida e a morte de maneira única.

 

Como é a celebração?

As festividades incluem danças, músicas, e até desfiles, onde as pessoas se vestem com roupas tradicionais e pintam seus rostos como caveiras

Hugo Borges/AFP


As celebrações do Dia dos Mortos são vibrantes e coloridas, envolvendo uma série de rituais e práticas. As famílias montam altares, conhecidos como "ofrendas" (ofertas), em suas casas e cemitérios, decorados com fotos, flores, velas, alimentos e objetos que os falecidos apreciavam. As flores de cempasúchil, com suas cores amarelas e laranjas vibrantes, são especialmente usadas, simbolizando a fragilidade da vida.

 

As festividades incluem danças, músicas, e até desfiles, onde as pessoas se vestem com roupas tradicionais e pintam seus rostos como caveiras, uma forma de honrar os mortos com alegria. O ambiente é de celebração, com a crença de que, durante esses dias, as almas dos falecidos retornam ao mundo dos vivos para se reunir com suas famílias.

 



 

Origem da tradição


A tradição do Dia dos Mortos remonta a civilizações pré-hispânicas, como os astecas, que veneravam os mortos e acreditavam na continuidade da vida após a morte. Com a chegada dos colonizadores espanhóis, essa prática foi mesclada com elementos do catolicismo, resultando na celebração que conhecemos hoje. A UNESCO reconheceu o Dia dos Mortos como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, destacando sua importância cultural e espiritual.

 

A figura da Catrina

A "Catrina", é uma figura que representa a morte de forma elegante e irônica

AFP


Um dos símbolos mais icônicos do Dia dos Mortos é a "Catrina", uma figura que representa a morte de forma elegante e irônica. Criada pelo artista José Guadalupe Posada no início do século 20, a Catrina é frequentemente retratada como uma mulher esquelética vestindo roupas sofisticadas, simbolizando que, independentemente de classe social, todos são iguais na morte. A figura se tornou um ícone cultural, representando a visão mexicana sobre a morte: uma parte natural da vida que deve ser celebrada, não temida.

 

Celebração

 


O Dia dos Mortos é uma celebração rica em significados, que une famílias e comunidades em torno da memória de seus entes queridos. É uma época de alegria, reflexão e respeito, onde a morte é vista como uma continuidade da vida, e a Catrina se torna um símbolo poderoso dessa relação. Ao participar dessa festividade, o povo mexicano reafirma sua identidade cultural e sua relação com a morte, transformando a dor da perda em uma celebração vibrante da vida.

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