Sites e anúncios falsos são comuns nesta época do ano. Uma dessas páginas, chamada “Loja Estoque Brasil”, chegou a anunciar uma caixa de som JBL Boombox, que costuma custar em torno de R$2.000, por R$ 247,99.
Olhares mais atentos conseguiam reparar que o email de contato da empresa no fim da página estava errado: 'supore@estoquedobrasil.com' (sem 't').
Queixas de usuários sobre a loja confirmam o risco: só no mês de outubro, a página do site no Reclame Aqui recebeu 12 reclamações, todas sem resposta.
Segundo um relatório da empresa de segurança online Kaspersky, houve um aumento de três vezes nos sites fraudulentos que utilizam o termo 'Black Friday' desde outubro.
Esses ataques, conhecidos como ‘phishing’ por especialistas, referem-se à prática de atrair vítimas usando temas de interesse como isca, uma espécie de 'pescaria' online.
No Brasil, a estratégia preferida dos golpistas para enganar as pessoas é o uso de sites e e-mails falsos.
De janeiro a outubro de 2023, a Kaspersky conseguiu detectar e impedir mais de 30 milhões de ataques de phishing direcionados a compras pela internet, serviços de pagamento e bancos.
Produtos muito desejados, como eletrônicos, costumam ser alvos comuns de fraudes durante a Black Friday. Dos ataques identificados pela Kaspersky, 2,8 milhões eram relacionados a iPhones e outros produtos da Apple.
É importante que o comprador se proteja verificando qual loja está realmente vendendo, pois muitas vezes a plataforma não realiza a venda diretamente – os chamados “marketplaces”.
Pensando nisso, o FLIPAR preparou várias dicas para que você aproveite a Black Friday sem cair em manobras fraudulentas. Veja só!
Pesquise antes: Consulte plataformas que mostrem a avaliação dos consumidores sobre as lojas. O mais popular é o Reclame Aqui, que expõe as principais queixas e avisa se os comerciantes deram retorno e se solucionaram as reclamações.
As plataformas também encorajam os usuários a relatarem vendedores que pratiquem condutas inadequadas, seja por fraudes ou questões no atendimento.
Cuidado com os links: Nunca clique em links recebidos por e-mail ou whatsapp. Procure acessar as ofertas apenas nos sites oficiais dos estabelecimentos.
Use cartões virtuais: Especialistas indicam que o uso do cartão virtual é uma das melhores formas de se prevenir contra fraudes, já que os dados não são os mesmos do seu cartão físico.
Dê preferência ao cartão de crédito: Tente pagar com cartão de crédito, em vez de pix ou boleto bancário, pois a recuperação do dinheiro se torna menos complicada em caso de fraude.
Atenção às ligações: Nunca dê informações sobre o cartão de crédito por telefone. As compras dependem do fornecimento do código de segurança que fica no verso do cartão. Esse número deve ser mantido em sigilo.
Cilada comum: Cuidado com lojas que anunciam poucas unidades de um produto na promoção. O consumidor que tem interesse se sente estimulado a fazer logo a compra para não perder a oportunidade. Na pressa, pode fazer um mau negócio.
Valor enganoso: A Black Friday já foi apelidada de “Black Fraude” porque, além dos golpes, muitos lojistas tentam enganar o consumidor sobre o preço real dos produtos, fingindo que oferece promoções. Pesquise se, de fato, o valor cobrado foi reduzido.
Plataformas como Zoom e Buscapé têm ferramenta com histórico de preços que mostra a variação nos últimos seis meses e costuma ser uma boa fonte de pesquisa.
O plugin da Associação de Consumidores Proteste avisa onde encontrar o menor preço durante a busca em lojas virtuais. E informa sobre os melhores cupons de desconto.
Uma outra dica interessante é usar plataformas que avisam sobre quedas de preço de determinados produtos. Uma das mais conhecidas e confiáveis é o Promobit, por exemplo.
Atenção com o Pix: Ao realizar pagamentos com Pix, certifique-se sempre de efetuar a transação dentro do site da loja online.
Ao receber o código QR Code do varejista, verifique cuidadosamente todos os dados de pagamento e confirme se a loja selecionada é a legítima destinatária do dinheiro.
Em caso de dúvida sobre ofertas dos estabelecimentos na internet, procure sempre a central de atendimento (SAC) das empresas.