As vendas começaram às 11h35 através do portal e-CAC do Governo Federal. No total, o leilão gerou uma receita de R$ 32,4 milhões com 119 lotes.
O preço inicial para o lote do iPhone em questão era de R$ 2.389,00.
A empresa também adquiriu outros cinco conjuntos, todos contendo celulares do mesmo modelo e geração, com preços variando de R$ 5,5 mil a R$ 7,5 mil.
No leilão anterior conduzido pela Receita Federal em São Paulo, lances com valores muito altos também foram os vencedores na competição pelos smartphones. De acordo com o órgão, a explicação mais provável seria um 'erro grosseiro de digitação por parte do licitante no momento de apresentar a proposta'.
Da mesma forma que no leilão passado, as regras deste também deixam claro que os lances feitos são totalmente responsabilidade dos participantes, e não são aceitas alegações de erro ou outras desculpas para mudar os valores.
Se o vencedor não realizar o pagamento, ele estará sujeito a punições, dentre elas a “perda do direito de recebimento do lote”; a “suspensão de participação em leilões da Receita Federal por até dois anos” e “multa administrativa de 20% sobre o valor mínimo do lote.
Essa não é a primeira vez que os valores dos arremates em um leilão da Receita chamam a atenção. No fim de outubro, a Receita Federal de São Paulo leiloou mercadorias apreendidas em fiscalizações ou abandonadas.
Dos 214 lotes que foram colocados à venda, 189 foram arrematados por uma soma de R$ 333,9 milhões.
Na ocasião, um conjunto de três iPhones 14 pro max foi adquirido por uma única pessoa física pelo valor de R$ 12,6 milhões.
Além disso, carros usados foram arrematados por uma média de R$ 16 mil, enquanto um de álbuns de K-pop e teclados de computador recebeu lance máximo de R$ 27 mil.
Por outro lado, 23 lotes não foram arrematados, dentre eles o de joias. Da mesma forma que dois foram excluídos da licitação, um de máquinas fotográficas e outro de smartphones.
O maior valor do arremate foi do lote nº 168, que tinha como itens 612,2 mil folhas de EVA coloridas, 499 mil placas de EVA coloridas e com glitter. O valor mínimo era de R$ 200 mil, mas uma pessoa jurídica arrematou por R$ 230 milhões!
No lote 191, um caminhão do ano 2004 tinha o valor de R$ 55 mil e foi arrematado por R$ 56,5 milhões
Novamente focado em eletrônicos, o lote 17 continha um Macbook pro, dois iPhone 14 e um par de tênis Nike Adapt Auto Max. O valor mínimo era de R$ 10 mil, porém foi arrematado por R$ 11 milhões.
Focado em eletrônicos, o lote 45 era composto por um iPad, dois Mac Mini, um iPhone 14, um Apple Pencil e três AirPods pro com o valor mínimo de R$ 6 mil, mas arrematado por R$ 8 milhões.
O lote de nº 176, focado em produtos químicos, tinha 52,2 mil unidades de Polipropileno, 14,8 mil unidades de borracha sintética e 205,8 mil unidades de Polímero de Etileno. O valor mínimo exigido foi de R$ 300 mil, entretanto o valor arrematado foi de R$ 1,7 milhão.
O lote 122, voltado aos artigos capilares, tinha 800 kg de cabelo humano tipo remy e um valor mínimo de R$ 40 mil. No entanto, o arremate final foi de R$ 1,1 milhão, por uma pessoa jurídica.
Em mais um lote focado em artigos capilares, o de nº 148 era composto por 799,4 kg de aplique de cabelo humano e 322,2 kg de aplique de cabelo sintético. Com o valor mínimo de R$ 700 mil, uma pessoa jurídica (empresa) desembolsou R$ 1 milhão para ficar com os produtos.
A Receita Federal costuma apreender produtos importados que são adquiridos por meios ilícitos. Vão desde coisas simples como papel até automóveis e artigos eletrônicos como smartphones, tablets, notebooks e consoles de videogames.
Para aumentar a arrecadação e não deixar esses produtos encalhar, o órgão realiza leilões que procura vender as mercadorias àquele que der o maior lance. Cidadãos comuns podem participar e devem seguir uma série de regras pré-estabelecidas, como estar em dia com a Receita Federal.