História

Capelas e catacumbas onde esqueletos são a grande atração


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Alonso de Mendoza - Wikimédia Commons

Capela de Ossos - Évora (Portugal) - Inaugurada no século 17 em estilo barroco, faz parte da Igreja de São Francisco, que está classificada como Monumento Nacional desde 1910.

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As suas paredes e os oito pilares estão "decorados" com ossos e crânios ligados por cimento pardo.

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Caveiras inteiras ficam penduradas para reforçar a ideia da transitoriedade da vida.

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Cripta dos Capuchinhos - Roma (Itália) - Reúne pequenas capelas sob a Igreja de Santa Maria della Concezione dei Cappuccini, na Praça Barberini.

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Tem partes de esqueletos de 3.700 frades franciscanos, chamados de capuchinhos, que morreram entre 1528 e 1870.

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Catacumbas dos Capuchinhos – Palermo (Itália) - Frades franciscanos e nobres da cidade siciliana estão mumificados e ficam expostos num cenário macabro que tem origem no século 16. Em 1534, os corpos dos freis eram enrolados em lençóis e jogados numa fossa atrás da Igreja de Santa Maria della Pace.

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Com o tempo, foi preciso construir um cemitério e diz-se que, por milagre, muitos corpos mumificaram naturalmente. Por isso, eles passaram a ficar em pé, em nichos.

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Os corpos mumificados receberam roupas para ficarem trajados como as pessoas vivas. Um cenário que espanta.

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Ossuário de Wamba (Espanha) -O ossuário foi criado na Idade Média. Fica na Igreja de Santa María, datada do século 12, na pequena cidade de Wamba, a 20 km de Valladolid.

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Ali ficam os restos mortais de mais de 2 mil pessoas, bem mais do que a população da cidade. Wamba tem 328 pessoas numa área de 38 km². O ossuário transformou a localidade em ponto de visitação turística.

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Ossuário de Sedlec – Kutná Hora (Tchéquia) - É uma pequena capela católica, abaixo da Igreja e do Cemitério de Todos os Santos, em Sedlec, na cidade de Kutná Hora, a 70 km da capital Praga.

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São cerca de 70 mil ossos e crânios. A maioria é arrumada de uma forma decorativa. A organização dos ossos começou em 1870.

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Os ossos e crânios estão espalhados pelo teto, altar e paredes, além de adornarem também lustres, vasos e móveis.

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O ossuário tornou-se uma das atrações mais populares do país, com 200 mil visitantes por ano.

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Igreja San Bernardino alle Ossa – Milão (Itália) - É uma igreja perto da famosa catedral de Milão, com uma capela lateral decorada com ossos humanos. Tudo começou quando, em 1210, faltou espaço no cemitério e uma sala foi construída para guardar ossos.

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Foi esta igreja que inspirou a criação do Ossuário de Évora, em Portugal. O Rei João V ficou tão impressionado com a capela que decidiu fazer uma similar em Portugal.

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Igreja St Michan´s – Dublin (Irlanda) - A construção atual é de 1685, erguida no lugar de outra, de 1095, com origem viking. Esta igreja, a mais antiga de Dublin, tem uma cripta subterrânea de 900 anos que tem caixões com restos mortais.

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Os visitantes encontram caixões com esqueletos ou múmias dentro. Dizem que a mumificação foi espontânea, o que causou assombro.

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Catedral de Otranto – Otranto (Itália) - A catedral de Santa Maria Annunziata, na cidade do sul da Itália, tem uma capela ornamentada com ossos, dedicada à virgem.

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São restos mortais de cerca de 800 mártires que não renegaram a fé católica durante a invasão bizantina no século 15.

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Capela dos Crânios - Czermna (Polônia) - A capela é a Igreja de São Bartolomeu, nessa cidade a 130 km de Cracóvia. A tradição de colocar crânios e ossos revestindo as paredes e o teto da igreja começou logo depois da fundação do templo pelo padre Tomaszek. Ele se inspirou na Cripta dos Capuchinhos, que fica na Itália.

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São mais de 3 mil crânios , além de ossos de cerca de 21 mil pessoas.

Merlin - Wikimédia Commons

Grande parte foi vítima da Guerra dos Trinta Anos (1618-1648) e das Guerras Silesianas (1740-1763).

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Capela dos Crânios Pintados – Hallstat (Áustria) - A pequena aldeia austríaca, numa região montanhosa, tem menos de 900 habitantes e mais de 1.200 crânios e ossos adornando a igreja.

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Oficialmente a capela é de São Miguel. A tradição começou no século XII, quando o cemitério ficou sem espaço e os moradores passaram a retirar os ossos para criar espaço para novos enterros.

H. Michael Miley - Wikimédia Commons

Em 1720, eles adotaram um costume peculiar. Limpavam os ossos, botavam para secar durante alguns dias e depois pintavam com desenhos de flores ou cruzes, o nome da pessoa e a data da morte. Por isso, popularmente, é chamada de Capela dos Crânios Pintados.

H. Michael Miley - Wikimédia Commons

Catacumbas de Paris (França) - Surgiram da necessidade de encerrar vários cemitérios na cidade. Os túneis subterrâneos resultantes de séculos de exploração de pedreiras foram utilizados para armazenar ossos.

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A organização dos crânios e ossos foi feita a partir de 1785, resultou numa atração turística.

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As catacumbas ocupam uma parte desse labirinto no subsolo da Cidade-Luz e recebem, por ano, cerca de 600 mil visitantes. Milhões de ossos de parisienses que viveram no decorrer de séculos estão ali.

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