Para transformar esse avanço na ciência e engenharia, a NASA está explorando maneiras inovadoras de usar o regolito lunar, uma camada de poeira, solo e rocha fragmentada que cobre a superfície da Lua.
Essa abordagem envolve técnicas de impressão 3D de ponta e sistemas robóticos. O objetivo é construir habitats capazes de suportar os desafios ambientais extremos da Lua, como temperaturas flutuantes entre -173°C e 127°C, impactos de micrometeoritos e radiação cósmica.
O foco é na ausência de um foguete de carga pesada, uma lacuna na capacidade desde a descontinuação do Saturno V. O plano progressivo da NASA busca estabelecer uma presença sustentável na Lua até meados da década de 2020, começando com a infraestrutura e habitats fundamentais.
Sendo assim, a estratégia da NASA inclui missões contínuas, avanços tecnológicos e alianças com entidades internacionais. O espírito colaborativo se estende à comunidade científica global, à indústria privada e a outras agências espaciais.
Financiada pela NASA desde 2020, a ICON, empresa de tecnologia da construção sediada em Austin, Texas, está desenvolvendo um sistema de construção espacial, pronto para revolucionar a forma como construímos no espaço.
Por outro lado, existem riscos pela radiação cósmica, as complexidades da vida em microgravidade e a viabilidade econômica de manter presença humana em corpos celestes são barreiras formidáveis.
Diante dos desafios, o magnata da tecnologia Elon Musk e sua empresa SpaceX estão introduzindo o conceito de turismo espacial. A SpaceX planeja enviar civis para a órbita da Terra, a Estação Espacial Internacional (ISS) e eventualmente para a Lua e Marte.
Ela desenvolve a Starship, visando tornar os voos espaciais mais econômicos e reutilizáveis. Dessa forma, a empresa já fez o envio de astronautas para a ISS em colaboração com a NASA e o lançamento do Inspiration4, a primeira missão espacial com uma tripulação totalmente civil.
Por fim, o projeto dearMoon é uma missão única que pretende levar artistas e criativos em uma jornada lunar. Embora datas e custos específicos permaneçam flexíveis, o espaço não é mais domínio exclusivo de astronautas.
Recentemente, cientistas descobriram um novo “reservatório” de água na superfície da Lua. O anúncio foi em março, o FLIPAR mostrou e republica para quem não viu.
Foram coletadas amostras de solo com pequenas contas com “quantidades substanciais” de água
A coleta foi feita pela sonda lunar chinesa Chang’e 5.
A água estava incrustada em pequenas esferas de vidro formadas em meio à "sujeira lunar" provocada por impactos de meteoritos.
A descoberta foi publicada pela revista Nature Geoscience, especializada em Ciência.
O cientista Hejiu Hui, que participou do estudo, disse que, como existem bilhões, senão trilhões, dessas esferas formadas por causa dos impactos, isso pode representar um volume significativo de água.
Hejiu Hui é pesquisador da Universidade de Nanjing, uma das instituições de ensino mais prestigiadas da China.
Fundada em 1902, a Universidade Nanjing é formada por 21 escolas com 59 departamentos e recebe aproximadamente 43.000 estudantes.
Nanjing (ou Nanquim) é a segunda maior cidade do Leste da China. É capital da província de Jiangsu. Ocupa 6 587 km² e tem cerca de 9,5 milhões de habitantes.
O estudo aponta que, em futuras missões dos robôs, a água poderá ser extraída por meio do aquecimento das esferas.
Acredita-se que um calor moderado de cerca de 100 °C seria suficiente para extrair a água dessas esferas.
O líquido poderia servir não só para futuras tripulações como também para ser usado em combustíveis dos foguetes.
Pesquisas anteriores já tinham identificado água em esferas de vidro formadas pela atividade vulcânica lunar.
Amostras foram trazidas para a Terra pelos astronautas que estiveram na Lua há mais de meio século na Missão Apollo.
A Nasa, agência espacial norte-americana, informou que também pretende organizar uma nova missão espacial lunar.
A NASA quer enviar astronautas de volta à Lua até o fim de 2025.
Ainda há muitos mistérios no satélite da Terra, que tanto inspira e instiga.