A cidade de Zaandam, a 22 km de distância da capital Amsterdam, abriga no bairro de Zaanse Schans um dos principais pontos turísticos do país. São seis moinhos, casas verdes e marrons, um museu que narra a história da região, além de lojas produtoras de itens típicos como queijos e tamancos de madeira.
O “Het Jonge Schaap” é um desses seis moinhos da região. Foi construído em 1680 e demolido em 1942. Mas uma réplica foi erguida entre 2005 e 2007 com a função de serrar madeira, em um processo lento, com a força do vento. Reaberto dois anos depois, no decorrer da visitação é possível vê-lo em ação.
A cidade reproduz a vida em um típico vilarejo holandês do século 19. Ainda dispõe de restaurantes, cafés e hotéis. Todo o bairro é conectado por pontes e fica às margens do rio Zaan.
O 'Kinderdijk' é um canal que próximo a Roterdã onde foram construídos 15 moinhos de ventos, os mais famosos da Holanda, no século 18. A iniciativa teve o intuito de drenar cursos de águas que ficam perto e impedir alagamentos de lavouras e casas dos agricultores quando o rio Lek subia o nível.
Tal processo ainda é realizado, mas no atual cenário com um equipamento mais moderno. Os moinhos permanecem ativos, porém, apenas para visitação. Por sinal, desde 1997 é classificado como um Patrimônio da Humanidade pela Unesco.
O moinho 'De Korenbloem', situado na região da grande Breda, é um dos poucos inseridos em um ambiente urbano. Inaugurado em 1909, é produtor de farinha, mas ficou dezenas de anos inativo até que no fim da década de 1970 passou por uma reforma e atualmente funciona graças ao trabalho voluntário.
A estrutura é aberta ao público aos sábados e oferece a comercialização de farinha. A sua localização é de simples acesso para carro, com estacionamento gratuito nas ruas adjacentes. A região também não costuma ter intensa movimentação e é considerada residencial.
O moinho “De Put” teve sua construção finalizada em 1987. Foi criado para fabricar farinha para os residentes da cidade de Leiden, função que exerce até os dias atuais. Ele é aberto ao público aos sábados e as pessoas podem comprar misturas para pão e panqueca.
Esta estrutura, à beira do rio Reno, é uma cópia do primeiro moinho erguido em 1619 e como homenagem recebeu o nome do seu dono, Put. Aliás, foi inaugurado na juventude do célebre pintor e artista barroco Rembrandt, que morava do outro lado da margem do rio e nasceu em Leiden.
Em Gouda, conhecida pelo queijo, dois moinhos se sobressaem. Um deles é o “De Roode Leeuw aan de Vest”, o maior da cidade. Sua obra começou em 1727, às margens do canal Turfsingel, e seguiu funcionando até 1920 moendo milho.
O moinho foi comprado e seria demolido após seis anos, mas o munícipio o readquiriu, mandou restaurá-lo e transformá-lo em monumento. O público pode visitar a estrutura de quinta e sábado, quando há a comercialização de farinha de milho.
O segundo moinho é o “Molen ’t Slot”, erguido em 1832 no local onde ficava um castelo, próximo ao centro antigo, na muralha da cidade. Um local que se destaca pela exuberância da paisagem.
“Molen van Piet” é um moinho na cidade de Alkmaar. Inaugurado em 1769 para produzir farinha, está desativado. Passou a pertencer a Cornelius Piet em 1884, permanecendo em sua família por 109 anos. A exuberância de suas lâminas atrai a atenção de moradores e visitantes.
O “Molende Hoop” pertence ao município de Hellendoorn e sua construção, em 1854, foi planejada para moer grãos e transformá-los em farinha. A fábrica segue em funcionamento, mas não é possível visitá-la. Contudo, há no local uma loja que vende farinha para pão, além de mistura para biscoitos e bolos.
A cidade de Goirle abriga o moinho “Molen Wilde”, que também comporta uma usina produtora de farinha de trigo, normalmente par padeiros. Passou por reformas nos últimos anos, já finalizadas. Pode receber visitas quando a bandeira está hasteada.
“De Valk” é um dos pontos mais conhecidos da cidade de Leiden. É o único moinho que ainda está em pé dos 19 que a região já teve. Finalizado em 1785, substituiu outras duas estruturas semelhantes para moagem de grãos e produção de farinha.
Há 57 anos também funciona como museu. Fica aberto ao público de terça a domingo. No entanto, as escadas são íngremes no interior do moinho, de difícil acesso para pessoas com mobilidade reduzida.
A capital Amsterdã também tem um moinho. Trata-se do “De Gooyer”, o mais alto construído com madeira no país, com 26,6 metros , além de ser um dos mais acessíveis. A estrutura está tombada como monumento nacional.
Ele é o último dos 26 moinhos de milho da muralha de Amsterdã, inaugurado no século 17. Neste período, a periferia da cidade tinha localização privilegiada, graças à forte circulação de ventos. Também foi bastante usado pela Holanda durante a Segunda Guerra Mundial devido à falta de energia.
Ainda em Amsterdã há o moinho “De Molen van Sloten”, que garante a drenagem de água dos arredores. O primeiro, erguido em 1636, depois foi realocado. Mas a vila de Sloten voltou a ter seu próprio moinho em 1991, um dos poucos em funcionamento e acessível diariamente ao público.
No “De Molen van Sloten” há informações sobre a história do moinho e a tecnologia utilizada. O local, inclusive, pode ser utilizado como para a realização de casamentos.
A cidade de Haarlem acomoda o moinho “De Adriaan”, que foi aberto em 1779, mas sofreu um incêndio em 1932. Assim, os moradores da localidade fizeram doações para reunir a quantia necessária para reconstruí-lo, o que ocorreu em 2002.
A partir disso, ele voltou a moer grãos, mas atualmente não é muito utilizado. Na verdade, se tornou atração turística, aberta principalmente aos sábados e feriados para visitação. Em seu interior, há também um pequeno museu sobre a história do moinho.