Trata-se da exposição 'Tutankamon - Uma experiência imersiva', que foi aberta em 19 de janeiro e vai até 19 de maio.
Com uso de óculos especiais, os visitantes entram na era de 1.300 antes de Cristo, quando Tutankamon viveu e reinou de forma breve no Egito dos faraós.
A exposição oferece uma sala com projeção mapeada em 4K e permite que as pessoas penetrem no metaverso, passando a caminhar pelo Egito Antigo, vendo pessoas e animais no cenário da época.
Uma das simulações mais comentadas é a do deserto, com um horizonte de pôr do sol que encanta os visitantes. Eles avançam numa jornada pelo cenário de areia que foi desbravado e serviu de base para incríveis realizações dos egípcios.
Uma réplica da famosa máscara mortuária de Tutankamon impressiona pela riqueza de detalhes.
A verdadeira, encontrada pelo arqueólogo Howard Carter em 1922, está em exposição no Museu do Cairo. Pesa 11 quilos e é feita de ouro e lápis lazúli, uma rocha muito usada pelos faraós.
Os organizadores da exposição também providenciaram uma réplica da múmia de Tutankamon. O faraó reinou de 1332 a 1323 a.C. E não é o maior da história egípcia. Mas tornou-se o mais famoso justamente por causa da localização de sua múmia e seus pertences, em condições de conservação que impressionaram os pesquisadores.
Nascido em 1341 a.C, Tutankamon morreu jovem, aos 19 anos. Ele tornou-se faraó ainda criança, aos 10 anos, e era um menino frágil, manco, com várias doenças. Cientistas apontam que a causa mais provável de sua morte tenha sido malária, associada a uma doença degenerativa dos ossos.
A exposição 'Tutankamon, uma experiência imersiva' passou pela Europa em 2023 e recebeu mais de 600 mil visitantes.
A exposição recebeu, inclusive, o prêmio Telly Awards, concedido a quem produz conteúdo com inovação nos formatos audiovisuais.
Com uso de Inteligência Artificial, os organizadores da mostra também recriaram o famoso Vale dos Reis, uma região onde foram enterrados diversos faraós, além de integrantes da antiga Nobreza do Egito.
O vale fica na margem oeste do Rio Nilo, no centro da Necrópole de Tebas. E possui mais de 60 tumbas catalogadas pelos cientistas.
Ali ficam desde covas mais simples até tumbas que envolvem mais de 100 câmaras, repletas de cenas da Mitologia Egípcia, que indicam crenças e rituais realizados na época.
Os símbolos egípcios, associados à rica Mitologia da Antiguidade no país, fazem parte de uma sala em que os visitantes da exposição se integram a essa cultura voltada para a adoração de múltiplos deuses.
A mostra também traz painéis com explicações sobre a história do Egito e dos faraós. Historicamente, Tutankamon não teve a relevância de faraós que reinaram por décadas, com superpoder, como Ramsés II. Mas o jovem popularizou a história do Egito
Além disso, a figura de Tutankamon, a partir da descoberta em 1922, também é envolvida em mistério e superstição.
É que, depois que o arqueólogo Howard Carter descobriu e entrou na tumba do faraó, há quem afirme que uma maldição atingiu as pessoas envolvidas nessa empreitada.
Ao longo de 6 anos seguintes, 35 pessoas ligadas à descoberta morreram, inclusive o próprio Howard Carter (foto).
O Flipar tem outra galeria, chamada 'Tutankamon! A 'maldição' do faraó mais famoso da história', com detalhes sobre o faraó menino e sobre a descoberta da tumba.