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Conheça o Sapo Foguetinho, espécie arisca do Cerrado brasileiro


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Divulgação Instituto Boitatá

O sapo foguetinho tem esse nome popular por ser uma espécie arisca, que foge rápido quando alguém se aproxima. Ele é nativo de Goiás. E até hoje nunca foi encontrado em outro estado. Tanto que seu nome científico é alobatis goianus.

Reprodução TV Anhanguera

O sapo incha o papo e canta para acasalar, marcar território ou quando está sendo presa de outro animal. Para cada caso, o canto é diferente.

Reprodução TV Anhanguera

Pesquisadores estudam o canto do sapo foguetinho e , para isso, instalam gravadores automáticos em árvores do Cerrado. Em certos horários, o equipamento liga para captar os sons da mata.

Divulgação Instituto Boitatá

O sapo foguetinho gosta de viver em mata fechada, sobre folhas que caem das árvores.

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Ele se estabelece em ambientes úmidos, perto de córregos e riachos que cortam o cerrado.

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Este anfíbio já esteve na lista de animais ameaçados de extinção, mas saiu em 2022. Só que, como o desmatamento continua, os ambientalistas temem que ele volte a ficar sob risco.

A espécie foi identificada pela primeira vez na década de 1970 na Chapada dos Veadeiros, parque nacional que abrange os municípios de Alto Paraíso de Goiás, Cavalcante, Teresina de Goiás, Nova Roma e São João d'Aliança, no nordeste do estado.

Flickr/danielmonteiro

Desde então, o foguetinho só foi visto em oito cidades. A mais recente é Pirenópolis, onde uma equipe do Instituto Boitatá viu o sapo e registrou sua presença.

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Porém, a diretora do instituto, Gabryella Mesquita, diz que o sapinho anda sumido de locais onde ele já havia sido localizado. Faz um ano, por exemplo, que a equipe não escuta o canto de nenhum foguetinho na zona rural de Goiânia.

Reprodução TV Anhanguera

Ela disse que, enquanto em alguns locais, os pesquisadores ouvem vários sapos cantando, há lugares - principalmente na região centro-sul do estado - onde apenas um ou outro é ouvido. Às vezes, nenhum

Reprodução TV Anhanguera

Vale lembrar que a espécie luta pela sobrevivência num bioma que sofre constantes agressões e que já teve metade da área desmatada.

Joellsky/Wikimédia Commons

O foguetinho tem apenas dois centímetros e, diferentemente das outras espécies de sapo, ele tem hábitos diurnos, não noturnos. É no começo da manhã e no fim da tarde que ele costuma cantar.

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O apelido é conhecido internacionalmente pelos pesquisadores de ecossistemas. Ele se chama Rocket Frog (sapo foguete, sem o diminutivo usado carinhosamente no Brasil).

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O Brasil é o país com maior concentração de anfíbios no mundo. Das 8,4 mil espécies de anfíbios no planeta, mais de 1,2 mil foram registradas em território brasileiro.

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Além de sapos, outros anfíbios são rãs, pererecas, salamandras (foto), tritões e cobras-cegas.

Reprodução Portal dos Animais

Segundo o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Répteis e Anfíbios, cerca de 190 espécies encontradas no Brasil estão sob ameaça de extinção.

Reprodução TV Anhanguera

Uma das características mais marcantes dos anfíbios é o seu ciclo de vida dividido em duas fases: uma aquática e outra terrestre.

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Os anfíbios são animais de pele fina, úmida e sem pelos ou escamas. Por serem seres com fases na água ou na terra, eles têm respiração pela pele, além da pulmonar.

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Eles são animais ectotérmicos, ou seja, bichos de sangue frio. Sua temperatura corporal muda de acordo com a temperatura do ambiente em que eles estão.

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