Trata-se de uma data importante para encontros familiares e que também tornou-se relevante para o comércio, com um volume de vendas que só costuma perder, ao longo do ano, para o Natal. Mas você sabe como surgiu essa celebração? Veja a origem da data.
O Dia das Mães, na forma atual, foi criado pela metodista Anna Jarvis (foto), em 12 de maio de 1907. Ela criou um memorial para a mãe, a ativista Ann Maria Reeves Jarvis, que havia morrido dois anos antes. E começou uma campanha que o dia fosse reconhecido para homenagear as mães em geral.
Ann Jarvis havia fundado em 1858 o grupo Mothers Days Works Clubs com a proposta de reduzir a mortalidade infantil em famílias de trabalhadores.
Em 1865, a iniciativa inspirou a criação dos Mother's Friendship Days (Dias de Amizade para as Mães) para melhorar as condições dos feridos na Guerra de Secessão que assolou os EUA.
Essa guerra civil ocorreu entre 1861 e 1865 entre a União e os Confederados e teve como pano de fundo as divergências sobre a escravidão de negros no país. O presidente Abraham Lincoln (foto) era abolicionista e liderou a luta contra estados do Sul que eram separatistas e escravocratas. O Norte venceu, os EUA mantiveram a sua unidade e a escravidão acabou.
Em 1870 a escritora Julia Ward Howe publicou um manifesto chamado Mother's Day Proclamation pedindo desarmamento e paz após a Guerra de Secessão.
Foi com toda essa memória em busca de justiça e paz que, em 12/5/1907, a filha de Ann Maria criou o memorial, diante da saudade que sentia da mãe. Após fazer uma campanha, ela conseguiu que o Congresso dos EUA aprovassem o segundo domingo de maio como Dia das Mães, em 8/5/1914.
O presidente dos EUA, Thomas Woodrow Wilson, proclamou a data como feriado e os edifícios públicos foram decorados com bandeiras. Assim, o primeiro dia das mães foi celebrado em 9 de maio de 1914.
No Brasil, a data foi trazida pelo secretário-geral da Associação Cristã de Moços do Rio Grande do Sul. A primeira celebração foi em 12/5/1918.
A celebração foi se consolidando até que, em 1932, o presidente Getúlio Vargas atendeu ao pedido de ativistas da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino e oficializou o segundo domingo de maio como Dia das Mães.
O decreto nº 21.366 de 5 de maio de 1932 estabelece o segundo domingo de maio como o momento para comemorar os 'sentimentos e virtudes' do amo materno.
Em 1947, o Cardeal-Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Jaime de Barros Câmara, determinou que a data também passasse a integrar o calendário oficial da Igreja Católica.
A data ganhou adeptos pelo mundo, com variações no mês ou no dia de celebração. Catorze países comemoram em datas de março. Um (a Grécia) festeja em abril. Luxemburgo celebra em junho. A Noruega em fevereiro. Três países em agosto e outros três em outubro.
A maioria esmagadora (cinquenta países) celebra em maio, em diferentes dias. Diferentemente do Brasil, outros países que foram colonizados por Portugal - Cabo Verde, Moçambique, Angola e São Tomé e Príncipe - seguiram a Terrinha e celebram no primeiro domingo de maio.
O Dia das Mães é um dos maiores eventos sazonais que movimentam o comércio pelo mundo. No Brasil, em 2022, a data gerou um faturamento de R$ 142 milhões apenas no comércio eletrônico, segundo a plataforma Nuvemshop, de e-commerce.
Nos dias que antecedem o Dia das Mães, cresce o movimento em diversos segmentos do comércio, com roupas, calçados, chocolates, bijuterias e perfumes.
A procura por arranjos e buquês de flores também cresce, já que é um presente apreciado pelas mulheres e que simboliza amor e delicadeza.
Historiadores apontam que homenagens às mães, de certa forma, ocorriam na Grécia e na Roma antigas. Celebrava-se Reia , a mãe dos Deuses. Ela era uma titânide, filha de Urano e Gaia. Na mitologia romana, equivale a Cibele, a Magna Mater.