Esse concurso é apoiado pelo Mondial du Fromage de Tours, da França, uma das competições mais famosas e respeitadas do ramo queijeiro.

Foram mais de 1.900 produtos avaliados por um júri de 300 especialistas. O Morro Azul bateu competidores do Brasil e de outros países do mundo.

O resultado foi anunciado em um evento em São Paulo, onde também foram entregues 598 medalhas para outros queijos e produtos lácteos.

No total, foram distribuídas 99 medalhas Super Ouro, 149 Ouro, 150 Prata e 200 Bronze.

O queijo Morro Azul é produzido em Pomerode, Santa Catarina, pela empresa Vermont Queijos Especiais, fundada pelos irmãos Bruno Mendes e Juliano Mendes.

Feito com leite de vaca, o queijo tem casca mofada e é conhecido por sua textura suave e cremosa.

Segundo os especialistas, seu sabor é rico em notas amanteigadas e lácteas.

Nas redes sociais, Juliano Mendes agradeceu o prêmio: “O queijo Morro Azul tem uma história muito especial para nós. Foi nosso primeiro queijo autoral, com receita criada aqui em Pomerode”.

Em 2023, o queijo Morro Azul já havia sido eleito o Melhor da América Latina no 35º World Cheese Awards, que foi realizado na Noruega.

Essa já tinha sido a segunda medalha Super Ouro consecutiva vencida pelo queijo brasileiro.

Agora, em segundo lugar, ficou o queijo suíço Le Gruyere AOP Réserve 14 Meses.

Embora ele tenha empatado com o Morro Azul, tendo ficado com 6,13 pontos em uma escala de 3 a 7, o queijo francês ficou atrás do queijo brasileiro nos critérios de desempate.

Em terceiro lugar ficou outro queijo suíço: o Le Gruyére d’alpage AOP7, do produtor Stefan Konig.

Esse pódio foi formado já na segunda fase do concurso. Antes, 99 queijos receberam a medalha Super Ouro e foram para a grande final.

Além desse concurso, o 3º Mundial do Queijo do Brasil também premiou o Melhor Queijeiro do Brasil, o Melhor Queijista do Brasil e o Melhor Fondue do Brasil.

Entre os produtores de queijo, Henrique Herbet, do Paraná, foi reconhecido como o Melhor Queijeiro do país.

Ele é o Mestre Queijeiro da Queijaria Flor da Terra, que fica em Toledo (PR), e apresentou um queijo chamado de 'entardecer do Oeste'.

“É uma massa prensada semicozida, textura levemente elástica, mas com uma massa firme e fechada. Os sabores são ácidos, frescos, láticos, de creme de leite, de carne maturada, complexos, com um visual diferenciado”, explicou o queijeiro.

Na categoria Melhor Queijista do Brasil, que reconhece os comerciantes de queijos, o prêmio foi para o paulista Anderson Magalhães.

Por último, o concurso premiou também o Melhor Fondue do Brasil. A vencedora foi a chef carioca Malu Mello.

Ela preparou uma receita usando 50% de queijo gruyère, conforme as regras do concurso, além de queijo raclette e um queijo azul envelhecido por 60 dias, ambos acompanhados da cachaça Magnífica, do Rio de Janeiro.

Graças à conquista, a carioca irá representar o Brasil no Mundial da Fondue na Suíça em 2025.