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Caverna no México tem cristais ‘mortais’ que chegam a 58°C


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Beverly Mixon por Pixabay

A Caverna dos Cristais fica localizada em Naica, Chihuahua, no México.

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A caverna fica uma profundidade de cerca de 300 metros, ligada a uma mina de chumbo, zinco e prata.

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O lugar ficou conhecido como a 'Capela Sistina dos Cristais' e conta com cristais tão grandes quanto árvores.

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A Caverna dos Cristais foi descoberta acidentalmente em 2000, por irmãos que exploravam um poço de mina.

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Ao entrar, encontraram uma câmara lotada de cristais brancos leitosos. De acordo com a Live Science, o maior cristal chega a ter 11 metros de comprimento e 1 metro de largura.

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Desde então, o local se tornou objeto de intensas pesquisas científicas, que buscam desvendar os segredos da formação desses cristais gigantes e as condições extremas que permitiram sua preservação.

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Esses cristais são feitos de gesso selenito, que é um tipo de mineral sulfato formado a partir de sais dissolvidos nas águas subterrâneas.

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Desde que a mineração começou em 1974, várias cavernas de cristais foram descobertas, mas essa continua sendo uma das mais populares.

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Ela tem a forma de uma ferradura, mede 110 metros de diâmetro e tem um volume de 6 mil metros cúbicos (mais que o dobro do tamanho de uma piscina olímpica).

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Os cientistas calculam que a caverna se formou há cerca de 26 milhões de anos, devido a uma falha geológica acima de um reservatório de magma, a aproximadamente de 5 km de profundidade.

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Eles acreditam que os cristais se formaram por conta da água extremamente quente que entrou na caverna e depositou minerais que se cristalizaram ao longo dos anos.

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Apesar de ser bonito, o lugar pode ser extremamente perigoso para quem o visita. A temperatura dentro da caverna oscila em torno de 50°C, com picos de até 58°C, e a umidade chega a bater 99%.

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Os cristais são tão quentes que não podem ser tocados sem proteção nas mãos; alguns são afiados como lâminas.

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Outro detalhe é que se alguém ficar dentro da caverna sem equipamento de segurança por mais de 10 minutos, pode desidratar gravemente.

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Além disso, o piso fica muito escorregadio devido à umidade, por isso há risco frequente de quedas na caverna.

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Os exploradores acreditam que existem outras salas, tanto abaixo quanto à frente da Caverna dos Cristais. No entanto, não é possível explorá-las porque teriam que destruir os cristais que já estão lá.

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Em 2015, a mineração parou e as bombas que tiravam a água foram desligadas, para que os cristais voltem a ficar debaixo d'água.

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Embora a água ainda não tenha alcançado o nível da caverna, os turistas não podem visitá-la por causa do perigo de os cristais caírem e outros problemas de segurança.

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A caverna recebeu o nome de 'Capela Sistina' devido à semelhança dos cristais com colunas e esculturas da famosa capela do Vaticano.

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Além disso, acredita-se que as condições da Caverna dos Cristais possa contribuir para o desenvolvimento de novas técnicas de exploração espacial, pois cientistas creem que ambientes semelhantes podem existir em outros planetas.

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Por causa dos tamanhos dos cristais, é possível até andar sobre eles. Agrupados ou isolados, a sensação é que o lugar parece de outro mundo.

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