Dados do Banco Central mostram que nos últimos anos, os pagamentos com cheque tiveram uma redução drástica. Em quatro anos, caiu pela metade
Em 2019, foram emitidos 550.826 cheques no Brasil. Em 2020, o número diminuiu para 381.152.
Em 2023, até setembro (dado mais atualizado pelo BC), foram 168.579 emissões de cheques no país.
Segundo a Federação Brasileira de Bancos, o cheque foi caindo em desuso principalmente por causa do avanço dos meios de pagamento digitais.
Em 2020, com a criação do Pix, aí mesmo é que o cheque foi perdendo espaço. A transferência instantânea conquistou os brasileiiros. E a adesão vem crescendo ano a ano.
Só em 2023, a transferência instantânea via Pix movimentou 17 trilhões de reais no Brasil. Num único dia, em 6/9/2023, o sistema bateu recorde com 152,7 milhões de operações em 24 horas.
Especialistas ressaltam que, enquanto o cheque levava até dois dias para ser compensado, o dinheiro agora entra na hora, o que dá mais segurança para as pessoas. Os negócios são feitos online e isso facilita.
Os comerciantes e empresários têm liberdade de decidir se aceitam ou não o cheque como forma de pagamento. A lei não os obriga a receber cheques.
Já o dinheiro vivo tem que ser aceito pelo comerciante, sob pena de multa se recusar o pagamento em espécie (que, para alguns, não é conveniente por causa do risco de assalto). A lei, porém, exige que todos no país aceitem pagamentos em cédulas e moedas.
Lojistas que vendem artigos de obras e manutenção dizem que ainda vendem produtos com pagamento por cheque para reparos e conservação em prédios. É um dos poucos segmentos onde ainda se encontram transações desse tipo.
De acordo com comerciantes, um funcionário do condomínio vai à loja, pega um orçamento, leva para o síndico e retorna para entregar um cheque. Um procedimento que ainda persiste, embora já esteja também passando por diminuição.
O sucesso do Pix, inclusive, decretou o fim de duas formas de pagamento. O TEC (Transferência Especial de Crédito) e do DOC (Documento de Ordem de Crédito) foram encerrados pelo Banco Central em duas etapas.
Primeiro, em 15 de janeiro de 2024, terminou o prazo limite para envio ou agendamentos do DOC e do TEC com data até 29 de fevereiro.
E depois, no dia 29 de fevereiro, os dois sistemas foram extintos, já que esta era a data limite de quem já tinha feito os agendamentos. Este dia foi o prazo final para o fechamento dos recebimentos e processamentos de ambos pelos bancos.
Por enquanto, o TED (Transferência Eletrônica Disponível) ainda está em vigor. Essa operação permite a movimentação de valores entre diferentes bancos, sem valor máximo