Os semáforos inteligentes têm essa borda amarela, para serem diferenciados dos comuns. Eles foram instalados numa tentativa de reduzir os notórios engarrafamentos da capital paulista.
A prefeitura de São Paulo afirmou que os impactos serão sentidos depois que houver um número maior de sinais desse tipo. Por enquanto, dos 6.621 cruzamentos com semáforos na cidade, apenas 364 estão com semáforos inteligentes, instalados até o dia 17 de abril.
A Rua Cardeal Arcoverde e a Avenida Doutor Arnaldo, na zona oeste, foram os locais das primeiras instalações.
Outros pontos continuam em fase de obras, na expansão do sistema. A concessionária SP Regula (Agência Reguladora de Serviços Públicos do Município de São Paulo) é responsável pelo processo.
Segundo a SP Regula, o objetivo é que todos os 2.586 semáforos que ficam no chamado Minianel Viário sejam modernizados até 2026.
Os “semáforos inteligentes” são integrados com câmeras que atuam de forma conjunta para detectar o risco de congestionamento e fazer a adaptação necessária.
Como funciona? O tempo para mudança de verde para vermelho varia de acordo com o número de veículos na via naquele momento.
É uma automação que regula essa mudança para teoricamente melhorar o fluxo de trânsito. Quando o semáforo detecta um determinado volume de veículos, alterna o verde e o vermelho num cálculo que permite melhor fluidez.
A partir dessas imagens é possível avaliar a quantidade de veículos. Em tempo real, um sistema transforma as imagens em dados. Por meio de algoritmos, o sistema ajusta o tempo de abertura dos semáforos.
O tempo de travessia para pedestres não é modificado na implantação dos semáfotros inteligentes. O plano é manter a segurança da travessia.
A operação é acompanhada em tempo real por uma central de monitoramento da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).
Os atuais semáforos funcionam a partir de uma programação preestabelecida. A programação é feita a partir de uma tabela diária, com o fluxo de cada via.
A renovação da rede semafórica tem acontecido também por conta de quebras e furtos de cabos elétricos para abastecer o mercado ilegal de cobre.
A Prefeitura de São Paulo informou que o contrato relativo aos semáforos tem um custo de R$ 1,12 bilhão (período de 60 meses).
A Ilumina SP é responsável pela manutenção e revitalização. A concessionária assinou um contrato de concessão de 17 anos para realizar os serviços.
O acordo foi assinado em 31 de agosto de 2022, sendo agregado à PPP (parceria-público-privada) da Iluminação Pública, que já estava sob responsabilidade da Ilumina SP.
O recorde de engarrafamento na cidade de São Paulo ocorreu em 22/3/2024. Às 19h, numa noite chuvosa, a capital tinha 1.371 km de trânsito lento ou parado. O índice foi 28,7% mais alto do que o congestionamento de 21/2/2024, que até então era o maior do ano.
Esse congestionamento tornou-se recorde ao superar a marca de 1.349 km registrada em 14/9/2023 na capital paulista,