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Foto de Sebastião Salgado entra em lista de 25 referências da Era Moderna


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Steve Jurvetson/Wikimedia Commons

Foram selecionadas fotos feitas a partir de 1955 sobre momentos marcantes desse período da história mundial. A foto de Salgado mostra trabalhadores numa área de garimpo em Serra Pelada, no Pará em 1986. E escancara a busca do ouro por homens em condições degradantes.

Divulgação New York Times foto de Sebastião Salgado

Recentemente, Salgado decidiu retirar-se do trabalho de campo para voltar esforços à edição de seu imenso acervo, que passa de 500 mil fotos.

Flickr Fábio Henrique de Carvalho

O artista, que completou 80 anos no último dia 8 de fevereiro, fez a revelação ao jornal inglês The Guardian.

Flickr Todd Cheney

Reconhecido como uma das maiores referências do fotojornalismo mundial, o brasileiro se notabilizou por uma obra de caráter humanista, que documenta e denuncia violações aos direitos do homem e também a sua relação com natureza e meio-ambiente.

Flickr Ur Cameras

Durante cinco décadas, Sebastião Salgado viajou por mais de 130 países documentando guerras e crises humanitárias por meio de imagens capazes de causar comoção e perplexidade.

Flickr JMG-Photos

“Eu acabei de fazer 80 anos. Meus projetos fotográficos levam de seis a oito anos para serem completados. Se eu começar um grande projeto agora, talvez eu morra antes de terminar', declarou o mineiro de Aimorés em entrevista à Folha de S.Paulo.

Flickr Edmond Terakopian

A organização Mundial da Fotografia, sediada em Londres, homenageou Sebastião Salgado neste ano de 2024 com o prêmio de “contribuição notável para a fotografia” no prestigioso Sony World Photograph Awards. Ele é o segundo latino-americano laureado - a mexicana Gabriela Iturbide foi em 2021.

Instagram @sebastiaosalgadooficial

Neste ano, o Museu da Imagem e do Som reuniu numa exposição fotos de Salgado sobre a Revolução dos Cravos, que deu cabo da ditadura salazarista em Portugal em 1974.

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Na época, Salgado estava exilado em Paris com a mulher Lélia Wanick, pianista e arquiteta que hoje administra o estúdio do fotógrafo na capital francesa.

Divulgação Instituto Terra

Sebastião Salgado foi a Portugal e às então colônias lusas Angola e Moçambique a fim de registrar os levantes que encerrariam o regime de 40 anos.

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O prestígio conquistado pelo registro da Revolução dos Cravos o levou a trabalhar em agências europeias. Em 1979, Salgado integrou a cooperativa Sygma, que tinha nomes ilustres da fotografia, como Robert Capa e Henri-Cartier Bresson.

Fernando Frazão/Agência Brasil

Entre as séries fotográficas de maior impacto produzidas por Sebastião Salgado no período está “Êxodus”, que registra o drama dos fluxos migratórios a partir de viagens de seis anos por 40 países.

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Salgado descreveu em livro a obra “Êxodus” como “uma história perturbadora, pois poucas pessoas abandonam a terra natal por vontade própria”. A câmera capta migrantes, refugiados e exilados tentando vencer a pobreza e as guerras.

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Em 1978, Sebastião Salgado fez um trabalho documental sobre um conjunto de grandes blocos de apartamento ocupados por imigrantes em La Courneuve, no subúrbio de Paris.

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Sobre 'La Courneuve', Salgado comentou na revista Polka Magazine que promoveu um trabalho de 'olhar quase antropológico', sobre a falta de capacidade do estado francês de integrar aquela população na sociedade local.

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Nas séries “Gênesis” e “Amazônia”, o fotógrafo direcionou suas lentes para os povos originários e à natureza.

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Na Amazônia brasileira, Salgado realizou expedições por sete anos. “Foi como trabalhar no paraíso”, registrou no livro com as imagens.

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Por meio do Instituto Terra, associação civil sem fundos lucrativos, Sebastião Salgado e a mulher Lélia promovem há mais de duas décadas ações voltadas à preservação do meio-ambiente.

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À Folha de S.Paulo, o artista fotográfico declarou que irá expor na COP30 (Confederação das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025), em Belém do Pará, fotos feitas na Amazônia. O evento deve ser em novembro de 2025.

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'É um momento forte para apresentar esse trabalho. Precisamos lutar para preservar se ainda quisermos existir como espécie. Caso contrário, vamos desaparecer', alerta Salgado.

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