Baseada em um livro de James Clavell escrito em 1975, a história da série acontece no Japão durante o ano de 1600, uma época de grandes viagens marítimas e descobertas de novas terras.
No enredo, Yoshii Toranaga (interpretado pelo ator Hiroyuki Sanada) se prepara para enfrentar uma legião de inimigos do Conselho de Regentes que estão se unindo contra ele.
Quando um navio europeu misterioso é encontrado abandonado em um pequeno vilarejo de pescadores, o capitão inglês John Blackthorne (Cosmo Jarvis) chega com segredos que podem ajudar o senhor da guerra a mudar o equilíbrio de poder.
A nova série mostra não apenas cenas de lutas e conquistas épicas, mas também uma visão do Japão feudal, destacando os costumes, decorações e o clima político da época.
Para criar os ambientes, os produtores contaram com a colaboração de historiadores, obras de arte e colecionadores de antiguidades, já que não há fotografias daquela época.
Um desses lugares famosos é o Castelo de Osaka, onde se passa todo o arco principal da trama. Apesar de estar em um produto de ficção, o castelo existe de verdade e é uma das maiores atrações do Japão até hoje. Conheça mais sobre ele!
Situado no centro da cidade de Osaka (foto), no distrito de Ch??-ku, o Castelo de Osaka (ou ?saka-j?) foi construído entre 1583 e 1598 por Toyotomi Hideyoshi, o grande unificador do Japão.
O castelo teve um papel crucial nas lutas de poder que marcaram o final do século 16 e o início da era Edo. Ele já foi reconstruído várias vezes ao longo dos anos por conta de incêndios em conflitos. A versão atual, que é um marco importante da cidade e do Japão, foi construída em 1931.
O castelo fica bem no meio do Parque Público do Castelo de Osaka. O espaço todo tem cerca de 1 km quadrado de extensão, formando um dos pontos turísticos mais populares da cidade. Veja alguns detalhes particulares do castelo!
Os jardins: O parque ao redor do castelo é um local ideal para relaxar e passear. No jardim Nishinomaru, por exemplo, é possível admirar cerejeiras em flor na primavera e belíssimas folhas vermelhas no outono.
A torre principal: Reconstruída em 1931, a torre do castelo oferece uma vista panorâmica espetacular da cidade de Osaka. No interior, um museu abriga diversos artefatos históricos relacionados ao castelo e seus senhores.
Museu de História de Osaka: Localizado no parque, o museu oferece uma visão abrangente da história da cidade, desde seus primórdios até os dias atuais.
Santuário Sumiyoshi Taisha: Um dos santuários xintoístas mais importantes do Japão, o Sumiyoshi Taisha fica dentro do parque do castelo e vale a pena ser visitado.
Localizado no topo de uma colina, o castelo é cercado por um parque de 106 hectares, que inclui áreas para piquenique. É um local muito procurado na primavera, quando as cerejeiras estão em evidência.
Atualmente, o ingresso para entrar no castelo custa 600 ienes (cerca de R$ 20), e crianças até 15 anos não pagam.
Para capturar a essência do Japão feudal e dar vida ao Castelo de Osaka sem filmar no local real, os sets foram montados em Vancouver, no Canadá, em meio a dois grandes espaços ao ar livre e em dois enormes estúdios internos.
A produção da série fez questão de recriar os interiores do castelo, os jardins, uma missão católica e até partes do navio europeu chamado 'Erasmus'.
A atenção pelos detalhes foi grande. Os interiores do castelo também tinham fusumas, que são painéis retangulares deslizantes usados para dividir os cômodos.
“No final das contas, construímos tantos cenários como teríamos construído para um longa-metragem de 80 a 100 dias a tempo de estarmos prontos para os dois primeiros episódios”, contou a designer Helen Jarvis à CNN.
Segundo ela, um outro desafio foi reproduzir as mais de 10 mil telhas de quase todas as estruturas que aparecem nas filmagens. Foi preciso que uma equipe ficasse três meses fabricando essas telhas e mergulhando-as em cinco tipos diferentes de tinta para dar a elas uma aparência similar à da época.
Ela contou que, durante as filmagens, a equipe teve que consertar as telhas várias vezes por causa dos danos causados por pássaros, que bicavam nelas devido ao amido de milho utilizado nos materiais ecológicos.