Na Índia, os animais estão ligados à religião, mais especificamente à reencarnação de deuses referentes ao Hinduísmo, que é a doutrina seguida por cerca de 1 bilhão de pessoas no país.
O elefante é um dos mais notáveis. Segundo as crenças locais, é oriundo do Deus Ganesha, caracterizado por uma figura que tem a cabeça do bicho em um corpo humano. Um dos mitos é que Ganesha tem a capacidade de superar obstáculos, representando riqueza e sorte.
Já o macaco seria a retratação viva do deus Hanuman, simbolizando o conhecimento, a força e a lealdade.
A serpente possui simbolismo graças a sua ligação com o deus Shiva, personificação da criação e da destruição, de forma simultânea.
A vaca é vista no país como uma oferenda dos deuses, sendo símbolo de abundância, fertilidade e maternidade. Dessa forma, é considerado uma violação no hinduísmo matar um boi ou comer sua carne.
Os bois e as vacas se locomovem de forma livre por diversas cidades da Índia por conta da tamanha veneração que a espécie possui na religião.
No Egito, o misticismo envolvendo animais também remonta à Antiguidade. Certas espécies foram retratadas como deuses. Inclusive, muitas homenagens aos bichos eram feitas em pirâmides, túmulos e estátuas por todo o território.
A relevância do gato vem da correspondência com a deusa Bastet, que garantiria a segurança das mulheres e fertilidade. Seu papel de predador de roedores e, consequentemente, de protestor contra doenças também era louvado.
Os ruminantes, seja o boi, o touro ou a vaca, retratavam os deuses Ptá e Osíris, além da natureza. Tanto que o também eram vistos como um símbolo solar.
Vinculado à ressurreição, o escaravelho seria a representação do deus Khepra, que teria a capacidade de mover o sol. O formato dessa espécie é um aspecto muito presente nas tumbas do Antigo Egito.
O chacal ou lobo, segundo o mito, era a correspondência do deus Anúbis, que tinha a missão de proteger os túmulos e receber as pessoas depois de sua morte para analisar se elas teriam a garantia de boas condições após o enterro ou até mesmo se deveriam virar comida de um monstro.
Com relação ao deus Seth, no cenário atual ainda há uma discussão se era representado por um bode ou cachorro. Essa figura era conhecida como o deus dos trovões e tempestades. Posteriormente, ele recebeu a alcunha de deus do mal.
Em contrapartida, o deus Thoth era retratado por um homem que tinha a cabeça de um macaco. Assim, ao averiguar a mística, o babuíno era o animal que mais se assemelhava ao deus do cálculo, da escrita e dos estudos.
Já a respeito do deus Sobek, sua correspondência é o crocodilo. De acordo com a tradição, o personagem possui poderes atrelados à fertilidade e à proteção da gravidez. No entanto, também foi ligado ao terror, aniquilamento e à morte.
O falcão também é sagrado no país, pois o deus Rá ou Hórus era idealizado com corpo de homem e cabeça da ave. Esta figura também era considerada uma divindade solar, criadora de todas as coisas.
Responsável por formar os deuses como homens e mulheres, Knum era retratado por um homem com cabeça de carneiro. Fato que torna o animal simbólico.
Outra cultura que inclui uma representatividade animal é a japonesa. O corvo conseguiu modificar sua reputação negativa e no país está atrelado à imagem de boa sorte e indícios para o futuro.
O grou-do-japão é visto como símbolo de sorte, saúde, felicidade, longevidade e fortuna, geralmente ligado às aves tsurus. Dizia-se que se uma pessoa fosse capaz de dobrar mil grous de papel, ganharia a realização de um sonho.
Por séculos, o urso-negro-asiático ou de colar representou o respeito no território japonês e por isso tinha uma reputação divina. No entanto, a sua fama teve uma decaída nos últimos anos.
O Tanuki, conhecido como cão-guaxinim pela semelhança com o animal, é um bicho bastante reproduzido na arte nacional nos séculos mais recentes, mas virou um grande alvo de caça por causa da sua pele. Este animal tem o hábito de hibernar no inverno.
A única espécie de macaco no Japão recebe exatamente o nome do país, que dificilmente é visto pelas cidades porque seu habitat natural fica nas montanhas. Por sinal, influenciou a criação da famosa obra ‘Os três macacos da sabedoria’. Um deles fica com as mãos na boca, outro tapa os ouvidos e o último protege os olhos.
Já na China, a tradição diz que a entidade criadora, Pan Ku, convocou a tartaruga para colaborar na origem do mundo. A tartaruga simboliza a água e o inverno. Inclusive, confia-se que a tartaruga negra do Norte, Xuanwu, oferece a existência por um longo período, além de conhecimento e prudência.
Ligado ao verão e ao fogo, o pássaro vermelho da região Sul representa a sorte. A propósito, de acordo com a crença, a fênix (foto) e o dragão compõem uma dupla sagrada, sendo as principais figuras do país.
Com relação ao dragão azul da região Leste corresponde à primavera e à madeira. É o líder dos animais divinos chineses e retrata o poder do império. O animal tem bigodes de carpa, chifres de veado, olhos de tigre, orelhas de boi e patas de águia.
O tigre é o retrato do deus do Oeste, Baihu, que proporciona coragem e força. Este animal branco está vinculado ao metal e ao outono.
Na Tailândia, o elefante é um animal sagrado, símbolo de prosperidade e bem-estar. Associado ao Budismom e com presença majestosa e agilidade única, o Elefante Branco simboliza o poder real.