Um desses lugares especiais é Silfra, uma fenda entre dois continentes, onde as pessoas podem ir mergulhar.
Como se não bastasse a peculiaridade do lugar, lá ainda é possível tocar na América e na Europa ao mesmo tempo! Isso porque a fenda demarca a divisão entre os dois continentes.
A fenda fica localizada a cerca de 50 km da capital Reykjavik, no Parque Nacional Þingvellir.
A fenda se formou por conta de uma série de terremotos que ocorreram em 1789, no limite tectônico divergente entre as placas Norte-Americana e Eurasiática.
A água de Silfra é filtrada por lava vulcânica por quase 100 anos, resultando em uma visibilidade subaquática de até 100 metros. A água é tão pura que os visitantes podem beber diretamente da fenda!
As cores vibrantes do lugar chamam a atenção: a luz do sol reflete nas paredes da fenda, criando tons de azul, verde e até roxo.
Outro detalhe são as formações rochosas. As paredes da fenda são cobertas por musgo e algas, criando um cenário subaquático único.
Essa área toda fica na Dorsal Meso-Atlântica, que é uma parte do oceano onde tem muitos vulcões, alguns dos mais ativos do mundo!
A água da fenda de Silfra é abastecida pelo derretimento da geleira Langjökull.
Antes de entrar na água fria, os visitantes são vestidos com roupas de mergulho, luvas, óculos e nadadeiras. Essas roupas são muito importantes porque permitem flutuar na superfície da água, que fica entre 2°C e 3°C o ano todo.
Mesmo com o frio, a vista incrível e a experiência única fazem valer a pena. Pessoas com certificação de mergulho podem ir até uma profundidade de 18 metros, desde que use um cilindro.
Um outro lugar no mundo que conta com a mesma peculiaridade de estar no meio de dois continentes é Istambul, a maior cidade da Turquia.
O estreito de Bósforo, um canal natural que liga o Mar Negro ao Mar de Mármara, divide a cidade em duas partes, com a parte ocidental na Europa e a parte oriental na Ásia.
Inclusive, a localização de Istambul a tornou um importante centro comercial e cultural ao longo da história.
A cidade era o ponto de encontro das rotas comerciais entre a Europa e a Ásia, o que contribuiu para sua prosperidade.
A posição entre dois continentes também influenciou a cultura de Istambul. A cidade é um caldeirão de culturas e influências europeias e asiáticas, o que se reflete na sua arquitetura, culinária e costumes.
Istambul é vista como um símbolo de união entre o Ocidente e o Oriente. A cidade demonstra que é possível diferentes culturas coexistirem e prosperarem juntas.
A divisão da cidade exige uma infraestrutura de transporte eficiente para conectar as duas partes. Por isso, pontes e túneis submarinos foram construídos para facilitar o tráfego entre os continentes.
A parte asiática de Istambul é geralmente menos desenvolvida que a parte europeia. O governo turco está investindo em projetos para reduzir a desigualdade e melhorar a qualidade de vida da região.
O Palácio Topkapi, antiga residência dos sultões otomano, é uma das grandes atrações turísticas localizada na parte europeia da cidade.
Além disso, tem a Mesquita Azul, conhecida como uma das maiores e mais belas do mundo, a Torre de Gálata e o Palácio Dolmabahçe que atraem visitantes em todas as épocas do ano.