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Relembre quem é Julian Assange, fundador do WikiLeaks


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flickr David G Silvers.

O australiano de 52 anos estava detido no Reino Unido desde 2019 e enfrentava acusações por ter divulgado milhares de documentos confidenciais dos Estados Unidos.

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Antes mesmo que seu acordo para ser solto fosse divulgado publicamente, ele já havia embarcado em um jato privado para deixar o Reino Unido.

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A um tribunal dos EUA nas Ilhas Marianas do Norte, o ativista admitiu oficialmente sua culpa por conspirar ilegalmente para obter e divulgar informações confidenciais.

flickr Cancillería del Ecuador

Assange chegou a acusar o governo dos EUA de supostamente planejar o seu assassinato. Por conta disso, ele fez com que os promotores solicitassem que todos os procedimentos ocorressem em 24h, em um tribunal federal dos EUA localizado em Saipan, a maior ilha e capital das Ilhas Marianas do Norte.

domínio público/wikimedia commons

Nascido na Austrália, Assange se destacou já na adolescência por suas habilidades em programação de computadores.

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Em 1995, ele foi acusado por um tribunal australiano de cometer crimes cibernéticos. Na ocasião, ele e um amigo foram multados e liberados.

flickr Andreas Gaufer

Assange ganhou notoriedade mundial em 2006 ao criar o WikiLeaks, uma organização de ativistas.

flickr Espen Moe

O grupo expôs aproximadamente 700 mil documentos confidenciais dos EUA e enfureceu as autoridades norte-americanas.

flickr David G Silvers

Em 2010, o ativista e seu site de denúncias ganharam destaque mundial após uma série de vazamentos de informações relacionadas às guerras no Iraque e no Afeganistão.

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Em uma das denúncias, o grupo publicou um vídeo mostrando um helicóptero militar dos EUA abrindo fogo e matando dois jornalistas e vários civis iraquianos em 2007.

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Com o crescente sucesso do WikiLeaks, Assange deixou de ter um endereço fixo e passou a operar a plataforma de vários lugares diferentes.

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'Para manter nossas fontes seguras, tivemos que espalhar recursos, criptografar tudo e mudar telecomunicações e pessoas ao redor do mundo para ativar leis de proteção em diferentes jurisdições nacionais', disse o ativista, em 2011.

reprodução

Em 2016, o WikiLeaks voltou a ganhar destaque ao vazar milhares de e-mails da campanha presidencial da candidata Hillary Clinton.

flickr Gage Skidmore

Posteriormente, um relatório do Senado dos EUA indicou que a Rússia teria utilizado o WikiLeaks para ajudar a eleger Donald Trump. O ex-presidente disse que tudo não passava de uma 'farsa'.

Reprodução/Instagram

Assange foi preso pela primeira vez no Reino Unido, em 2010, após ser acusado de agressão sexual por duas voluntárias suecas do WikiLeaks.

reprodução/x

O ativista alegou que o caso era um pretexto para extraditá-lo aos Estados Unidos, onde enfrentaria responsabilidade pelos vazamentos dos documentos confidenciais.

Noah Wulf/Wikimedia Commons

Dois anos depois, ele foi enviado para a Suécia para prestar esclarecimentos. Depois de ter um recurso recusado pela Suprema Corte, Assange buscou asilo na embaixada do Equador em Londres, onde permaneceu por sete anos.

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Enquanto esteve na embaixada, Assange se casou e teve dois filhos com Stella Moris, advogada e defensora dos direitos humanos.

reprodução

Até mesmo visita de celebridades o ativista recebeu durante esse período, como da cantora Lady Gaga e da atriz Pamela Anderson.

Reprodução/@ladygaga

Com a troca de presidente do Equador, em 2019 Assange foi forçado a sair da embaixada em Londres e acabou sendo preso pela polícia britânica ainda dentro do edifício.

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O ativista recebeu uma condenação de 50 semanas de prisão por violar as condições de sua fiança, que permitia que ele respondesse às acusações de abuso sexual em liberdade. Mais tarde, essas denúncias foram arquivadas.

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Em 2019, os EUA pediram extradição de Assange para responder por crimes cibernéticos e espionagem. Após cumprir uma sentença de 50 semanas na prisão de Belmarsh, ele aguardou pelas audiências de extradição.

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Em 2021, um juiz britânico bloqueou a extradição devido aos problemas de saúde mental de Assange, que apresentava risco de suicídio.

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Em dezembro de 2021, os EUA ganharam um novo recurso ao oferecer que Assange cumprisse qualquer sentença na Austrália, caso fosse condenado.

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Em fevereiro de 2024, a defesa de Assange apresentou um último recurso, argumentando que o caso era um 'ataque à liberdade de expressão' e que ele poderia enfrentar a pena de morte.

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A Suprema Corte do Reino Unido exigiu garantias dos EUA de que Assange não teria esse tipo de condenação. Por fim, um acordo foi feito com a Justiça norte-americana.

Samuel Regan-Asante Unsplash

Assange se declarou culpado de uma única acusação criminal e foi sentenciado a 62 meses de prisão -- tempo já cumprido no Reino Unido. Ele desembarcou na Austrália nesta quarta-feira (26/06) e foi recebido pela esposa, Stella Assange.

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