Este doce foi criado por monges no Mosteiro dos Jerônimos e possui origem certificada.
A receita original é denominada Pastel de Belém, produzida exclusivamente na Fábrica dos Pastéis de Belém, em Lisboa, e tem como base ingredientes como ovo, leite, açúcar, limão e canela.
A receita ganhou diversas versões em Portugal e em outros países, como Brasil, Macau, Hong Kong, Singapura e Taiwan, sendo difundida globalmente.
Em 2011, o Pastel de Belém foi eleito uma das 7 Maravilhas da Gastronomia de Portugal. As pequenas tortinhas devem ser polvilhadas com canela e, de preferência, acompanhadas de uma xícara de café.
Recentemente, em 2023, as duas principais versões do doce lideravam o ranking de avaliações na seção 'sobremesa' do site TasteAtlas.
Em 1837, em Belém, próximo ao Mosteiro dos Jerônimos, numa tentativa de subsistência, os clérigos do mosteiro puseram à venda uns pastéis de nata.
Nessa época, Belém e Lisboa eram duas localidades distintas com acesso assegurado por barcos a vapor. A presença do Mosteiro dos Jerônimos e da Torre de Belém atraíam inúmeros turistas que contribuíram para difundir os pastéis de Belém.
Com o fechamento do mosteiro em 1834,. o pasteleiro do convento decidiu vender a receita ao empresário português vindo do Brasil Domingos Rafael Alves. Algo que continua até hoje na posse dos seus descendentes.
No início, os pastéis foram postos à venda numa refinaria de açúcar situada próximo do Mosteiro dos Jerónimos.
Mas logo foram inauguradas as instalações num anexo, então transformado em pastelaria, a 'A antiga confeitaria de Belém'. Tanto a receita original como o nome 'Pastéis de Belém' estão patenteados.
Desde 2009, o concurso 'O Melhor Pastel de Nata' elege a melhor versão do tradicional doce entre as versões produzidas pelas confeitarias, pastelarias, cafés e restaurantes da Área Metropolitana de Lisboa. Em 2023, a Confeitaria Glória, localizada em Amadora, foi a campeã.
Esses doces são tipicamente feitos com leite, limão, canela, açúcar, ovos e massa folhada e chamam a atenção pelo sabor e por derreter na boca.
Dependendo da receita pode trocar-se o leite por natas, juntar farinha ou amido ou adicionar outros aromas. Começa-se por criar uma infusão com o leite e ovos de forma a criar um creme.
Este creme, então, é levado a formas individuais forradas de massa folhada e vai tudo a um forno extremamente quente de forma a cozinhar rapidamente e criar o caracterÃstica crosta preta, creme suave e massa crocante.
O pastel de Belém também é bastante comum no Brasil, vendido, inclusive, em uma conhecida marca de esfihas, quibes e salgados árabes.
Os pastéis de nata/Belém são muito populares na China, onde chegaram através de Macau, no tempo da presença portuguesa. Em chinês são chamados 'dan ta' (??), significando 'pastel de ovo'.
Desde o final da década de 90, é possível saborear pastéis de Belém em países asiáticos, como no Camboja, Singapura, Malásia, Hong Kong e Taiwan.
Além de terem a receita original como parte da cultura portuguesa, outros costumes foram inventados através do consumo do Pastel de Belém. Com influência do provérbio “Noiva que come pastel, não tira mais o anel”, é comum ver recém-casadas comendo Pastel de Belém no dia do casório.
Ponto obrigatório para quem visita a capital Portugal, Lisboa, a Confeitaria de Belém, fundada em 1837, é a pioneira na fabricação da famosa iguaria “Pastel de Belém” (o famoso pastel de nata).
A fábrica está aberta todos os dias da semana e com um cardápio de encher os olhos e salivar a boca. Além disso, a casa recebe centenas de turistas do mundo todo. Sua cozinha é aberta ao público e você consegue ver o dinamismo de toda a produção.
Em um salão confortável ou no balcão próximo a entrada, o cliente vai experimentar a “receita secreta” oriunda do Mosteiro. Trata-se do melhor pastel de Belém produzido no mundo.
A história da casa remete ao Século XIX e tem uma ligação muito forte com o Mosteiro dos Jerónimos (outro ponto turístico obrigatório). Bem próximo de onde é localizada a confeitaria Pastéis de Belém, funcionava uma pequena refinadora de açúcar, associada a um pequeno comércio varejista.
Contudo, como você já pôde perceber, a beleza da região, a suntuosidade do Mosteiro, da Igreja e da Torre de Belém, já naquela época, atraia turistas para o local.
Com a venda dos pastéis, em 1837, iniciou-se a fábrica em instalações próximas à refinaria. Além dos pastéis de nata (são vendidos mais de 20.000 por dia), são comercializados o bolo inglês, a marmelada de Belém, sortidos, salgados, bolo-rei, bolo-rainha e outras iguarias portuguesas.
A Torre de Belém, oficialmente de São Vicente, é uma fortificação localizada na freguesia da cidade, concelho e distrito de Lisboa, em Portugal.
Na margem direita do rio Tejo, onde existiu outrora a praia de Belém, era primitivamente cercada pelas águas em todo o seu perímetro. Ao longo dos séculos foi envolvida pela praia, até se incorporar hoje à terra firme.
A Torre de São Vicente (1514) pertence à uma formação de defesa da bacia do Tejo mandada erigir por João II de Portugal. Além de composta a sul pela torre de São Sebastião da Caparica (1481) e a oeste pela Torre de Santo António de Cascais (1488).
O monumento destaca-se pelo nacionalismo implícito, visto que é todo rodeado por decorações do Brasão de armas de Portugal. Entre elas, estão inscrições de cruzes da Ordem de Cristo nas janelas de baluarte. Tais características remetem principalmente à arquitetura típica de uma época.
Juntamente com o Mosteiro dos Jerênimos, a Torre de Belém foi classificada em 1983 como Património Mundial da UNESCO e eleita como uma das Sete Maravilhas de Portugal em 2007.