O Qatar é governado pelo emir Tamim bin Hamad al-Thani (foto), que está no poder desde 2013, quando o pai dele, Hamad bin Khalifa Al-Thani, renunciou ao cargo.
O termo emir vem do árabe Amir, que significa 'comandante' ou 'príncipe'. Na região, a expressão é usada para descrever um líder militar e/ou de um país. A grosso modo, é o rei da tradição muçulmana. Um muçulmano é quem pratica o islamismo.
Uma curiosidade: os Emirados Árabes Unidos, país do Oriente Médio, tem esse nome por sete regiões que eram governadas por um emir. São elas: Abu Dhabi, Dubai, Xarja, Ajmã, Umm al-Quwain, Ras al-Khaimah e Fujeira.
Apesar de todas elas terem muitas autonomias, há um presidente: Maomé bin Zayed Al Nahyan. Hoje, porém, os sete emirados são governados por xeques, também chamados de xeiques ou sheiks.
O termo xeque, curiosamente, é mais antigo que os próprios muçulmanos. Ele significa 'um homem venerável de mais de 50 anos de idade”. Ou seja, é uma denominação mais ligada às questões religiosas, embora hoje também seja política, como nos Emirados Árabes Unidos.
Hoje em dia, o termo também pode ser usado para se referir a qualquer homem, por mais jovem que seja que tenha decorado todo o Alcorão, que é o livro sagrado dos muçulmanos, uma espécie de bíblia. A publicação tem cerca de 500 páginas. Para as mulheres, fala-se sheikha ou xeica.
O termo vem do Século I. Com a morte de Maomé, o maior líder religioso deles, o profeta Abu Bakr ganhou o título de califa, que em árabe significa sucessor. Maomé faleceu no ano de 632.
O termo hoje tem uma abrangência bem maior e serve para designar o líder de uma comunidade muçulmana. Atualmente, a denominação está em desuso. O grupo terrorista Estado Islâmico, por exemplo, é um califado. Eles acreditam que tudo o que fazem tem um fundo religioso.
Há duas correntes do islamismo: os sunitas e o xiitas. Este último grupo é bem menor, mas mais radical. Eles, por exemplo, acreditam que só descendentes de Maomé possam ser califas.
Sultão, em árabe, significa 'aquele que detém o poder'. Assim como as demais denominações, principalmente emir e califa, também é usado na política. Brunei e Omã, este também no Oriente Médio, são países governados por sultões.
A religião muçulmana nasceu com a morte de Maomé, ou seja, há mais ou menos 1500 anos. Além do principal profeta, os muçulmanos acreditam em outros dois: Jesus e Abraão. Este, porém, os arqueólogos nunca conseguiram provar a existência.
O termo muçulmano, aliás, também vem do idioma árabe e deriva de 'muslim', que significa submisso. Um muçulmano, é, portanto um submisso aos três profetas, sendo Maomé o maior deles, e a Deus, a quem chamam de Allah.
Maomé é uma figura tão importante para os muçulmanos que eles rezam, cinco vezes por dia, em direção a Meca. A cidade na Arábia Saudita é onde nasceu o profeta, por volta do ano de 571. Todo muçulmano adulto e sadio, aliás, tem que ir à cidade pelo menos uma vez na vida se tiver condições para isso.
O islamismo é a segunda maior religião do mundo, com cerca de 1,8 milhão de adeptos, o que representa aproximadamente 25% da população mundial. O catolicismo, com 30%, é a maior.
Destes 1,8 milhão, cerca de 50% estão nos 15 países do Oriente Médio e do sul da Ásia. A outra metade está basicamente espalhada pelo resto da Ásia e pelo Norte da África.
Na tradição muçulmana, as mulheres usam e valorizam muito o véu (hijab). Para elas, isso significa dignidade. Em alguns países, mais radicais, a homossexualidade é proibida.
Em todos, a poligamia é liberada,mas apenas homens podem ter mais de uma cônjuge. Aliás, o emir do Qatar tem três esposas: Jawaher bint Hamad bin Suhaim Al-Thani, Anoud bint Mana Al Hajri e Noora bint Hathal Al Dosari. Ao todo, ele tem onze filhos.