As imagens obtidas pelo telescópio já geraram mais de 20 mil estudos e 1,2 milhão de publicações que fazem referência às pesquisas realizadas com base nas transmissões do satélite.
O Hubble foi lançado pela NASA, a agência espacial dos Estados Unidos, em 24 de abril de 1990, a bordo do ônibus espacial Discovery.
O Hubble foi programado para ficar a uma altitude de cerca de 540 km da superfície do planeta Terra.
O Hubble foi o primeiro dos quatro enviados pela NASA na missão Grandes Observatórios Espaciais (Great Observatories Program). Eles se localizam em lugares diferentes no universo, para contribuir para os estudos da agência espacial norte-americana.
Depois do Hubble, a NASA cumpriu a programação soltando o Observatório de Raios Gama Compton (1991-2000); o Observatório de Raios-X Chandra (1999) e o Telescópio Espacial Spitzer (2003).
O telescópio Hubble capta energia através de dois painéis solares, cada um com 30 m². Ele pesa 11 toneladas e mede 13,2m de comprimento e 4,2m de diâmetro. Dentro do telescópio, há um espelho/refletor de 2,40 m de diâmetro.
O Hubble foi responsável por milhares de descobertas no universo. Ele identificou planetas fora do Sistema Solar e estudou as atmosferas de luas como Ganímedes e Europa.
Recentemente, graças ao Hubble, astrônomos descobriram um planeta denominado GJ 9827d, que tem cerca de duas vezes o diâmetro da Terra, e é o menor exoplaneta encontrado com vapor de água na atmosfera.
Além disso, o Hubble colaborou para a identificação de outras estruturas astronômicas, como os buracos negros, cujo campo gravitacional é tão intenso que nada consegue escapar.
O telescópio também foi responsável por nos apresentar cerca de 1.500 galáxias. Até então, apenas a nossa (Via Láctea) era conhecida.
Suas imagens também ajudaram a entender mais sobre a formação e a morte das estrelas. O telescópio é capaz de mostrar uma bola de futebol a 50 km de distância.
O Hubble foi construído entre os anos 1970 e 1980. O nome é uma homenagem ao astrônomo americano Edwin Powell Hubble, um dos maiores nomes da história da Astronomia.
Em abril de 2024, o Hubble entrou em 'modo de segurança' devido a um defeito em um giroscópio (gyro), um dos componentes do sistema de direção.
Foi a segunda vez que o Hubble parou temporariamente de funcionar. Em junho de 2021, ele ficou parado por mais de um mês após a degradação do módulo de memória de um computador antigo.
Estima-se que o Hubble deixe de funcionar entre 2030 e 2040. Por isso, a NASA já preparou um substituto, o Telescópio Espacial James Webb, lançado em dezembro de 2021.
O James Webb superou as expectativas e está proporcionando uma revolução nos estudos do universo. Ele é capaz de captar sinais que viajaram por bilhões de anos. E já expôs imagens inéditas de aglomerados de estrelas formadas 300 milhões de anos após o Big Bang
A NASA tem sede em Washington, mas o monitoramento do Hubble, assim como do James Webb, é feito no Space Telescope Science Institute, na Universidade Johns Hopkins, em Baltimore, cidade a 60 km da capital americana.
A NASA é um programa do governo federal americano. Ele foi criado em 1958 e é referência em estudos de Astronomia. Na década de 1960, ela enviou a famosa missão Apollo, que resultou na chegada à Lua. Neil Armstrong (foto) foi o primeiro homem a pisar na Lua.