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Moraes Moreira: Dos Novos Baianos ao trio elétrico


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Natural de Ituaçu, no interior da Bahia, Antonio Carlos Moreira Pires aprendeu a tocar violão na adolescência, mas seu primeiro instrumento foi a sanfona. Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, foi uma de suas principais referências artísticas.

Reprodução do Instagram @moraesmoreiraoficial

Em 1966, aos 19 anos, Moraes Moreira foi morar em Salvador para trabalhar e estudar. Na capital baiana, conheceu Paulinho Boca de Cantor e Luiz Galvão, que seriam seus companheiros nos Novos Baianos.

Reprodução do Instagram @novosbaianos

Na cidade, teve contato ainda com o tropicalista Tom Zé e entrou para o Seminário de Música da Universidade Federal da Bahia, decidido a enveredar pela carreira musical.

Flickr Ita Pritsch

Em 1969, aconteceu o primeiro espetáculo dos Novos Baianos, “O Desembarque dos Bichos Depois do Dilúvio Universal”, no Teatro Vila Velha, em Salvador.

Reprodução do Instagram @novosbaianos

Nessa altura, o grupo já contava com a cantora Baby Consuelo (futura Baby do Brasil) e o guitarrista Pepeu Gomes. Foi com essa formação que os Novos Baianos participaram do 5º Festival da MPB da TV Record com a música “De Vera”, uma das primeiras parcerias de Moraes e Luiz Galvão.

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Em 1970, os Novos Baianos lançaram “Ferro na Boneca”, disco de estreia do grupo. Mas a consagração só viria dois anos depois, com o lendário “Acabou Chorare”, obra que teve influência de João Gilberto.

Reprodução do Instagram @novosbaianos

“Acabou Chorare” é um álbum que junta diversos gêneros, de frevo, samba e choro ao rock, e foi eleito o melhor da música brasileira em votação promovida pela revista Rolling Stones, em outubro de 2007.

Reprodução

A fusão de ritmos dos Novos Baianos teve na levada personalizada do violão de Moraes Moreira, que compôs a maioria das músicas ao lado de Luiz Galvão, a sua maior riqueza.

Reprodução do Instagram @moraesmoreiraoficial

Entre o fim dos anos 60 e início dos 70, Moraes viveu à moda hippie com os companheiros de Novos Baianos em um sítio em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio. A rotina dos artistas no local é tema do documentário de 2009 “Filhos de João, O Admirável Mundo Novo Baiano”, dirigido por Henrique Dantas.

Reprodução do Instagram @novosbaianos

Em 1975, Moraes Moreira deixou os Novos Baianos para trilhar uma carreira solo também de grande sucesso.

Reprodução do Instagram @moraesmoreiraoficial

Moraes Moreira foi o primeiro cantor de trio elétrico, tornando-se pioneiro em um formato que hoje é a marca essencial do Carnaval da Bahia.

Flickr Max Haack

Em 1976, o músico subiu no lendário trio de Dodô e Osmar para cantar “Pombo Correio”, frevo de sua autoria que fazia bastante sucesso na época. Antes, o trio elétrico era apenas instrumental, sem expressão vocal.

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Moraes Moreira ajudou a popularizar o frevo pelo Brasil ao compor músicas de grande sucesso no ritmo típico de Pernambuco. Em 1998, ele recebeu o título de 'Cidadão do Frevo' da Câmara Municipal de Recife.

Reprodução do Instagram @moraesmoreiraoficial

Nas décadas seguintes, Moraes Moreira construiria vasta discografia, composta de álbuns celebrados como “Lá Vem o Brasil Descendo a Ladeira” (1979) e “Coisa Acesa” (1982).

Divulgação

Em 1997, Moraes Moreira se reencontrou com os companheiros de Novos Baianos para o show “Infinito Circular”, que foi lançado como disco de registro ao vivo.

Reprodução do Instagram @novosbaianos

O artista baiano também tinha uma verve poética e escrevia cordeis. Foi nesse formato de linguagem popular que narrou a caminhada dos Novos Baianos no livro “A História dos Novos Baianos e Outros Versos”, lançado em 2007.

Flickr Thaís Lima

Moares Moreira era apaixonado por futebol e torcedor ardoroso do Flamengo. Quando o ídolo Zico deixou o Flamengo para defender a Udinese, da Itália, o baiano compôs a canção 'Saudades do Galinho'.

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A discografia de Moraes Moreira tem mais de 60 álbuns, entre gravações com os Novos Baianos, carreira solo, com o Trio Elétrico Dodô e Osmar e em parceria com Pepeu Gomes.

Flickr Marco Antonio Teixeira/TexBank Image

Moraes Moreira morreu no dia 13 de abril de 2020, aos 72 anos, no Rio de Janeiro, vítima de um infarto agudo do miocárdio.

Flickr Alexandre Matsumoto

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