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Gênio inventor: relembre a vida do 'pai da aviação', Santos Dumont


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Domínio público

Santos Dumont nasceu em 20/7/1873, em Palmira, município de Minas Gerais que hoje tem cerca de 46 mil habitantes.

Domínio Público - Wikimédia Commons

A cidade, que fica a 220 km da capital Belo Horizonte, passou a se chamar Santos Dumont em 1932, em homenagem ao inventor.

Wesley Bastos wikimedia commons

A casa onde ele nasceu tornou-se o Museu de Cabangu , que conserva objetos pessoais e fotografias do aviador brasileiro.

Domínio Público - Wikimédia Commons

Ao longo dos anos, Santos Dumont ficou conhecido como 'Pai da Aviação' por ter sido o homem que fascinou o mundo com sua criação: o avião.

Flickr FAB

A bordo do 14-Bis, Dumont que fez o primeiro voo homologado da história, ao decolar, voar por 60 metros em 7 segundos e pousar, em 23/10/1906. A data tornou-se o Dia do Aviador e da Força Aérea no Brasil.

Flickr FAB

Segundo a Nasa, antes do brasileiro, os irmãos Wright, inventores americanos, já haviam feito mais de 40 voos na aeronave Flyer, que eles criaram, mas não houve um registro oficial.

Reprodução do site segredosdomundo.r7.com

Santos Dumont, ao contrário, voou diante do público e a imprensa noticiou, dando início a mudanças efetivas no começo do século 20. Na França, o 14-Bis era chamado de 'Oiseau de Proie' (em português, 'Ave de Rapina').

Domínio Público - Wikimédia Commons

Antes do avião, Santos Dumont já havia espantado o público ao contornar a Torre Eiffel, em Paris, com seu dirigível Nº 6, em 1901.

Smithsonian Institution - Wikimédia Commons

Posteriormente, Dumont também se destacou pelo Demoiselle, considerado o primeiro ultraleve do mundo. O voou inaugural aconteceu em 1907.

Flickr FAB

Com 56 kg, o Demoiselle possuía duas hélices de seda em armação de alumínio e tinha esse nome ('senhorita', em francês) devido à sua aparente delicadeza.

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Vítima de esclerose múltipla, Dumont fez seus últimos voos em 1909, encerrou as atividades na oficina, mas continuou a atuar na popularização da aviação.

Flickr Reprodução Mário Bock

Em 1915, deprimido com o uso de aviões para matar pessoas durante a 1ª Guerra Mundial, Santos Dumont entrou em depressão e decidiu voltar ao Brasil — na época ele vivia na França.

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Em Petrópolis, na Região Serrana do RJ, Dumont viveu numa casa que ele mesmo projetou, que ficou conhecida como 'Encantada'.

Alexandre Machado - Wikimédia Commons

A residência virou ponto turístico, um museu que preserva as invenções que Dumont criou para sua própria estadia. Por exemplo, o chuveiro com água quente, único no Brasil na época.

Flickr Jaime Costa

A casa foi tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 1952.

Flickr Jaime Costa

No livro 'O que eu vi, o que nós veremos', Dumont transcreve cartas que ele enviou ao governo brasileiro (na época Estados Unidos do Brasil) sobre o atraso da indústria aeronáutica no país.

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Dumont alertava para a necessidade de construção de campos de pouso militares e de tornar o Brasil tecnologicamente independente.

Agence de presse Meurisse/Domínio público

Em 1920, Santos Dumont mandou construir um mausoléu para sua família no Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro.

Leonardo Martins FlickR

O túmulo é uma réplica da estátua de Ícaro, instalada na comuna francesa de Saint-Cloud em sua homenagem (na foto, ele junto da estátua em 1913).

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Na Mitologia Grega, Ícaro é o jovem que ganhou asas do pai - o inventor Dédalo - para que pudesse deixar a Ilha de Creta voando. Mas, Ícaro voou alto demais, o Sol derreteu suas asas e ele acabou caindo.

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Em 23/7/1932, dois dias depois de fazer 59 anos, Santos Dumont tirou a própria vida em um quarto do Grand Hotel La Plage, no Guarujá, em São Paulo. O cortejo fúnebre arrastou uma multidão diante de sua enorme popularidade.

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Santos Dumont nunca se casou nem teve filhos. As referências a ele até hoje são apenas por sua genialidade e inventividade.

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