A árvore se tornou oficialmente um símbolo nacional em 7 de dezembro de 1978, por meio da Lei nº 6607.
Com o nome científico de Paubrasilia echinata, o pau-brasil também é chamado de arabutã, ibirapiranga , pau-de-tinta, pau-pernambuco e pau-rosado.
Ele é uma árvore leguminosa nativa da Mata Atlântica que se espalha do Nordeste até o Sudeste do Brasil.
O pau-brasil está presente numa ampla extensão que abrange Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Espírito Santo e Rio de Janeiro.
A árvore alcança entre 10 e 15 metros de altura. Tem casca de coloração cinza, num tom escuro, e um tronco reto.
As flores têm quatro pétalas amarelas e uma menor, vermelhs. No centro ficam 10 estames e um pistilo, que é a parte reprodutiva da flor.
Nos ramos que ficam bem cheios, as flores formam arranjos bonitos que se destacam na paisagem. E essas flores são bastante aromáticas. Bonitas e cheirosas.
Os frutos são vagens que têm espinhos, o que acaba afastando pássaros. E as sementes são soltas quando o fruto é torcido, facilitando a dispersão
Apesar de sua importância, o pau-brasil está na lista do Ibama de espécies ameaçadas de extinção. Sua condição é considerada 'vulnerável'.
A União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais também aponta o risco para o pau-brasil. A árvore está na categoria 'em perigo'.
O município de São Lourenço da Mata, em Pernambuco, é considerado a capital nacional do pau-brasil.
50 mil mudas da espécie foram plantadas na Estação Ecológica de Tapacurá, que pertence à Universidade Federal Rural de Pernambuco.
Também fica em Pernambuco um museu dedicado à preservação da memória do pau-brasil, no município de Glória do Goitá. Estudantes podem aprender sobre a árvore e a madeira nobre que ela representa.
O pau-brasil é considerado a árvore ideal para a fabricação de arcos para instrumentos musicais.Mas, por ser protegida por lei, a árvore não pode ser cortada nas florestas.
O tronco avermelhado do pau-brasil, como mostra esse exemplar que fica no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, revela sua característica mais chamativa: uma espécie de corante natural .
Durante séculos, a espécie de 'tinta' vermelha naturalmente proveniente da árvore tornou o pau-brasil um recurso de grande valor. Seu corante era usado para a confecção de roupas.
O vermelho era a cor das vestimentas de reis, rainhas, papas, bispos. Predominou na nobreza e na cúpula religiosa por centenas de anos, o que impulsionou a exploração do pau-brasil. Na foto, o Papa Clemente XIII (1536- 1605)