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Brasil registra primeiras mortes por febre oropouche no mundo


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CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA/REPRODUÇÃO

Segundo a nota divulgada pela pasta, até o momento, não havia nenhum registro de óbito provocado pela doença em outros lugares do mundo.

Marcello Casal Jr/Agência Brasil

As vítimas eram mulheres com menos de 30 anos e sem comorbidades, que apresentaram sintomas parecidos com os de uma dengue grave.

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Uma delas morava na cidade de Valença (foto), e a outra em Camamu, ambas na Bahia.

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Uma terceira morte em Santa Catarina está sendo investigada, podendo estar relacionada à febre oropouche, enquanto um quarto óbito no Maranhão foi descartado.

Reprodução TV Rede Amazônica

Estão sendo apurados seis casos de transmissão vertical, que é quando uma gestante transmite a infecção ao bebê. Duas crianças faleceram em Pernambuco. Também foi registrado um caso na Bahia e dois no Acre, estes sem mortes.

Reprodução TV Globo

As secretarias estaduais de saúde e especialistas, com o acompanhamento do Ministério da Saúde, estão conduzindo análises para determinar se há ligação entre a febre oropouche e casos de malformação ou aborto.

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O governo federal recomenda intensificar a vigilância durante a gestação e o monitoramento dos bebês de mulheres com suspeita clínica da doença.

freepik rawpixel.com

Segundo dados do Min. da Saúde, em 2024 foram registrados 7.236 casos de febre oropouche em 20 estados brasileiros, com a maioria dos casos no Amazonas e Rondônia.

Wilson Dias/ABr - Wikimédia Commons

Esses números representam um aumento de 766,6% em relação ao acumulado de todo o ano de 2023, quando foram 835 casos em território nacional.

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Causada pelo vírus oropoucheense, a febre oroupuche é transmitida principalmente pelo mosquito mosquito-pólvora, embora outros mosquitos também possam transmitir o vírus.

wikimedia commons gailhampshire

Em áreas mais silvestres, por exemplo, a transmissão pode ser feita pelos mosquitos Coquilletti diavenezuelensis e o Aedes serratus.

Erik Karits por Pixabay

Em regiões urbanas o vírus é menos comum, mas ainda assim pode ser transmitido pelo mosquito Culex quinquefasciatus.

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O vírus costuma se hospedar macacos e bichos-preguiça. Após um mosquito infectado picar uma pessoa ou animal, o vírus permanece no sangue do inseto por alguns dias.

Daniella Maraschiello wikimedia commons

No caso deste mosquito picar outra pessoa que esteja saudável, ele pode transmitir a infecção.

wikimedia commons/CDC/James Gathany

Os sintomas principais — que costumam durar entre dois e sete dias — incluem dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, náusea, calafrios e diarreia, semelhantes aos da dengue e da chikungunya.

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O diagnóstico é obtido por meio de exames laboratoriais, e qualquer resultado positivo deve ser notificado às autoridades.

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O vírus oropouche foi detectado no Brasil pela primeira vez durante a construção da rodovia Belém-Brasília, em 1960.

bruna lais sena do nascimento/laboratório de entomologia médica/searb/iec

Na ocasião, ele foi identificado em uma amostra de um bicho-preguiça. De lá para cá, vinham sendo registrados apenas casos isolados na região amazônica.

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