De acordo com reportagem da CNN, entre as medidas adotadas para refrescar os animais estão picolés de frutas, banho de “chuva artificial” e ar condicionado. Espécies como macaco-prego, iguana e jabutis estão entre os “contemplados”.
Os picolés servidos para os bichinhos são, na realidade, pedaços congelados de frutas com água de coco ou suco natural. O Cetras abriga animais apreendidos para transportá-los a seus habitats de origem.
O zoológico do Rio já tomou uma iniciativa parecida, e até mais curiosa, para refrescar a alimentação dos animais durante o verão. Eles receberam picolé de sangue.
O leão Simba, primeiro a provar a iguaria, gostou tanto que chegou a se lambuzar no sorvete.
Os lobos-guarás Lobato e Luiza também provaram - e aprovaram - a novidade oferecida pelo Zoológico do Rio.
E o casal de lontras Eduardo e Mônica também fazem parte da lista de animais carnívoros que se deliciaram com as guloseimas geladas.
Embora seja chamado popularmente de 'picolé de sangue', o sorvete leva carne e representa um complemento nutricional refrescante dentro do controle alimentar dos bichos na estação mais quente do ano.
A bióloga Marina Schweizer, do Bio Parque do Rio, disse que o zootecnista do parque tem a dieta programada para os animais. Ele é consultado sobre ingredientes, formatos e a melhor textura do sorvete para cada animal.
A iniciativa fez parte de um programa de 'enriquecimentos ambientais'promovido pela instituição.
Esse programa reúne atividades que possam ajudar a distrair os animais, para aumentar o bem-estar nas áreas em que eles vivem.
O sorvete tornou-se a sensação para os animais, que ficaram calminhos, curtindo o novo quitute.
Os visitantes acharam a iniciativa curiosa. E disseram que, graças ao sorvete, conseguiram ver melhor os animais, pois eles apareceram na área aberta para a degustação!
O BioParque do Rio foi inaugurado em 22/3/2021, assumindo a área do antigo zoológico.
O zoo fica na Quinta da Boa Vista, um parque municipal fundado em 1803, ainda na época do Brasil Imperial.
A Quinta fica no bairro de São Cristóvão, um dos mais tradicionais da cidade do Rio de Janeiro.
É na Quinta que fica o Museu Nacional. O palácio foi residência da família real portuguesa de 1808 a 1821, abrigou a família imperial brasileira de 1822 a 1889 e sediou a primeira Assembleia Constituinte Republicana de 1889 a 1891.
O espaço nobre virou museu histórico em 1892, que passou por restauração após ser tomado por um incêndio em 2018.
O zoológico, portanto, fica em uma região de grande valor histórico e cultural não apenas para o Rio de Janeiro, mas para o Brasil.
O parque reverte parte da renda obtida com o programa de sócio anual para pesquisas sobre as espécies e os ecossistemas que hoje estão ameaçados.
O BioParque abriga cerca de 1.100 animais de aproximadamente 200 espécies diferentes.
Após ser fechado para reformas em 2019, o zoo passou para a gestão do grupo Cataratas tornando-se o BioParque, que junta pesquisa, lazer e atividades culturais.