Conhecida como uma das bebidas mais queridas do Brasil, o Café tem uma rica história no desenvolvimento e na economia do país. O Museu do Café é um dos locais que exalta a história e relevância do produto.
Antes de se tornar Museu do Café, em 1998, o local foi palco da Bolsa do Café, um centro de negociação do produto, na rua XV de Novembro, no centro histórico da cidade de Santos.
Inicialmente instalada em um salão alugado no centro da cidade, a Bolsa do Café transferiu-se em 1922 para o palácio, construído especialmente para suas atividades. O local funcionou até o fim da década de 1970, quando foi abandonado.
Criada por decreto federal, a Bolsa do Café iniciou suas atividades em 1917 em uma pequena repartição na rua XV de Novembro com a rua do Comércio. Na ocasião, o local contava com salas funcionais que pouco diferiam do ambiente interno de Comissárias ou Exportadoras da época.
Com o passar do tempo, a construção de uma nova sede entrou em debate. Assim, a história da Bolsa Oficial de Café traduz arquitetonicamente a construção simbólica do espaço a ser ocupado pelo café no Brasil e no exterior.
Inaugurado em 1998, o Museu do Café, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, é um dos principais pontos turísticos da cidade de Santos.
Ele tem como objetivo a preservação da história do café no Brasil. Com documentos e recursos audiovisuais, a instituição mostra ao público como a evolução da cafeicultura e o desenvolvimento político, econômico e cultural do país estão ligados desde o século XVIII.
O Museu do Café tem como destaque o acervo do salão do pregão. Ele é composto por uma mesa principal e setenta cadeiras, onde eram realizadas as negociações que determinavam as cotações diárias das sacas de café.
Neste mesmo espaço, o público pode admirar as telas “O Porto de Santos em 1822”, “A Fundação da Vila de Santos – 1545”, “O Porto de Santos em 1922” e o vitral “A Epopeia dos Bandeirantes”, obras de Benedicto Calixto.
Além disso, o foco é disseminar a história do café por meio da exposição de longa duração “Café, patrimônio cultural do Brasil: ciência, história e arte” e mostras temporárias.
O Museu também conta com o Centro de Preservação, Pesquisa e Referência Luiz Marcos Suplicy Hafers, que disponibiliza publicações e documentos sobre o tema.
No interior do local, também há o Centro de Preparação de Café, que oferece cursos e oficinas para difundir o conhecimento sobre o preparo da bebida.
O museu também é referência na comercialização do produto por meio de sua cafeteria. Inaugurada em 2000, a ela possui em seu cardápio diversas opções de bebidas que têm o café como principal ingrediente.
Para exaltar o produto, conta com grande variedade de grãos, produzidos em diferentes regiões do Brasil, à disposição dos visitantes para apreciar na hora ou levar para casa.
O passeio pela história do Café começa com a chegada das primeiras mudas da planta ao país e passa pela profissionalização das plantações e da mão de obra, assim como a chegada dos imigrantes japoneses e europeus para o trabalho nas lavouras.
O Museu ajuda a contextualizar, por meio de painéis e maquetes, a riqueza e o progresso impulsionados pelo café, como a expansão da malha ferroviária no Estado de São Paulo e o desenvolvimento do porto de Santos, por exemplo.
Atualmente, a Cafeteria do Museu trabalha com os cafés Cerrado de Minas, Sul de Minas, Alta Mogiana, Chapadão do Ferro, Blend da Cafeteria, Orgânico, Vale da Grama, e Jacu Bird Coffee.
O café Jacu Bird Coffee é o mais caro e raro do Brasil, obtido com os grãos expelidos pelo pássaro Jacu, que se alimenta dos frutos do café.
O Centro de Preparação de Café (CPC) promove diferentes formações no decorrer do ano. A maioria deles procura treinar o processo de extração, vaporização do leite, torrefação do grão e aperfeiçoar a bebida servida aos clientes.
No local, também há o programa 'Amigos do Museu do Café', que busca fomentar a cultura e contribuir para a preservação da história da instituição.
O funcionamento do Museu é, atualmente, de terça a sábado, das 9h às 18h, e domingo, das 10h às 18h (fechamento da bilheteria às 17h)
O tempo médio do tour no Museu do Café é de uma hora. Fotografias e filmagens são permitidas apenas como registro de visita. Não é permitido o uso de flash e nem de tripés/pau de selfie (e acessórios similares) dentro das exposições.
Com cerca de 40m, a torre do relógio, na esquina da Rua Tuiuti, possui quatro esculturas, que simbolizam a agricultura, comércio, indústria e os navegantes.