Os ataques foram conduzidos por Israel, que ainda realizou bombardeios contra os houthis, um grupo rebelde aliado ao Hamas no Iémen.
Os alvos incluíram uma usina de energia e um porto utilizado para a importação de petróleo. Diversas aeronaves, incluindo caças, foram utilizadas na operação.
Os ataques resultaram em interrupções no fornecimento de eletricidade em grande parte da cidade portuária de Hodeidah.
Em comunicado oficial, os militares israelenses afirmaram que 'ao longo do último ano, os Houthis têm operado sob a direção e o financiamento do Irã, e em cooperação a milícias iraquianas, a fim de atacar o Estado de Israel'.
Nas últimas semanas, Israel aumentou suas ofensivas contra o Líbano com o intuito de eliminar altos membros do grupo extremista Hezbollah.
No sábado (28), Israel comunicou que havia eliminado Sayyed Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah.
No domingo (29/09), Israel informou sobre a morte de outro dirigente do grupo, Nabil Kaouk, que supostamente seria o substituto de Nasrallah no comando do Hezbollah.
Segundo o Ministério da Saúde do Líbano, mais de mil pessoas perderam a vida e cerca de 6 mil ficaram feridas nas últimas duas semanas, sem especificar quantos eram civis.
O governo também relatou que cerca de 1 milhão de pessoas foram forçadas a deixar suas residências. O número representa quase um quinto da população.
Diante da situação de calamidade, autoridades mundiais tem comentado sobre o assunto. No mesmo domingo (29), o Papa Francisco criticou os ataques aéreos que assassinaram Nasrallah.
'Mesmo na guerra, há uma moralidade a salvaguarda. A guerra é imoral. Mas as regras da guerra dão a ela alguma moralidade', comentou o ponfífice.
Joe Biden, atual presidente dos Estados Unidos, também se manifestou e disse que 'uma guerra total deve ser evitada'.
O presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, declarou que Israel não deveria ter permissão para atacar os países que fazem parte do 'Eixo da Resistência', ou seja, os aliados do Irã.
'Não podemos aceitar tais ações e elas não ficarão sem resposta. Uma reação decisiva é necessária', comentou Pezeshkian, em tom de ameaça.
Nos últimos dias, tem crescido a possibilidade de Israel realizar uma invasão por terra no Líbano. Nesta segunda-feira (30/09), o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant disse que 'o país estava pronto para usar todas as suas capacidades, por ar, mar e terra'.
Segundo oficiais de segurança e autoridades israelenses informaram ao New York Times, as incursões teriam como foco a coleta de inteligência sobre as posições do Hezbollah perto da fronteira, além da localização de túneis e infraestrutura militar do grupo libanês.
Outras fontes israelenses ouvidas pelo Wall Street Journal relataram que essas operações já vêm ocorrendo 'há meses', mas ganharam mais força nos últimos dias.
Ainda segundo o NYT, Israel ainda não decidiu quando realizará uma grande operação terrestre no Líbano, que seria a primeira desde 2006.
Segundo o Washington Post, um plano para uma operação mais limitada poderia ser implementado em breve, com o objetivo de destruir a infraestrutura do grupo xiita ao longo da fronteira.