Nessa data, a comunidade judaica celebra o que a sua tradição considera o dia da criação do homem, quando Adão e Eva vieram ao mundo pelas mãos divinas.
O calendário hebraico baseia os meses no ciclo lunar. O ano é adaptado ao sol, podendo ser composto de 12 ou 13 meses e variando entre 353 e 385 dias.
Como há essa alternância, não existe uma data fixa para o Rosh Hashaná (“a cabeça do ano”, em hebraico).
Em 2025, por exemplo, o Ano Novo judaico será de 22 a 24 de setembro. Em 2023, as datas caíram de 15 a 17 de setembro.
A comemoração do Ano Novo judaíco se estende por dois dias, começando e terminando com o pôr do sol.
Isso ocorre porque os dias no calendário dos hebreus têm início ao anoitecer, ao contrário do que ocorre no calendário gregoriano (foto) - criado em 1582 por iniciativa do Papa Gregório XIII e seguido pela maioria dos países, incluindo o Brasil.
A data dá início aos dias sagrados para os judeus. Dez dias depois, acontece o Yom Kippur (o “Dia do Perdão”).
De acordo com a tradição judaica, o calendário se iniciou com a criação bíblica do mundo. Por isso, a contagem difere do calendário gregoriano.
O Rosh Hashaná é considerado um momento de renovação para os judeus, com serviços religiosos nas sinagogas e reuniões familiares com pratos típicos, rituais e orações. O trabalho é proibido durante o Rosh Hashaná.
O toque do Shofar, instrumento de sopro feito de chifre de carneiro, é uma tradição central do evento judaico. O soar da trombeta faz uma convocação para o arrependimento dos pecados.
No Rosh Hashaná, os judeus fazem a saudação “Shanah tovah u’metuka”, expressão hebraica para um ano bom e doce, representado por iguarias e pratos típicos, entre eles vários doces, ofertados nas mesas.
Tâmaras, maçãs e mel são alimentos simbólicos servidos nas refeições do Rosh Hashaná, compondo pratos típicos.
Outro doce típico das festividades é a challah redonda, um pão trançado com passas e embebido em mel.
A challah é servida também no shabat (dia sagrado de descanso para os judeus) e em outras festas, mas o formato redondo no ano novo simboliza o ciclo da vida.
As maçãs carregam para os judeus um importante símbolo da esperança de um ano novo doce.
Outra fruta representativa das celebrações é a romã, que representa a fertilidade e a abundância.
O vinho doce é uma bebida servida com frequência no Ano Novo judaico, compondo partes do ritual.
Carnes acompanhadas de saladas também são comuns, além de sopas. Na foto, um menu completo na celebração judaica.
Doces artesanais, como a Lata Moeda Hai - chocolate ao leite com damasco - também podem compor o cardapio do Rosh Hashaná.