O pregador urbano mais famoso do país fez história no Rio de Janeiro e hoje dá nome a um terminal de ônibus na cidade. José Datrino, o Profeta Gentileza, nasceu em Cafelândia (SP) em 11/4/1917 e ficou conhecido por fazer inscrições peculiares nas pilastras do Viaduto do Gasômetro, no Rio.
O Terminal Intermodal Gentileza foi inaugurado em fevereiro de 2024, integrando diferentes modais de transporte: o BRT Transbrasil (ônibus articulados com faixa exclusiva), linhas de ônibus municipais e linhas do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), com movimento diário de 150 mil pessoas em média.
A homenagem a Gentileza se deve à sua popularidade. Dizendo-se profeta, ele andava pela Zona Central do Rio com túnica branca e longa barba, transmitindo mensagens de paz. Ele criou o bordão 'Gentileza gera gentileza'. E disse que, ainda criança, teve premonição de que, após constituir família, deixaria tudo para trás na missão de fazer o bem.
Na infância, José lidava diretamente com a terra e com os animais. Para ajudar a família, puxava carroça vendendo lenha nas proximidades. Aprendeu a amansar burros para o transporte de carga. Tempos depois, como profeta Gentileza, se dizia 'amansador dos burros homens da cidade sem esclarecimento'.
Na infância, José lidava diretamente com a terra e com os animais. Para ajudar a família, puxava carroça vendendo lenha nas proximidades. Aprendeu a amansar burros para o transporte de carga. Tempos depois, como profeta Gentileza, se dizia 'amansador dos burros homens da cidade sem esclarecimento'.
Antes de tornar-se “Profeta Gentileza”, Datrino possuía uma empresa de transporte de cargas e residia, com sua família, no bairro de Guadalupe. Também morou na cidade de Conselheiro Lafaiete, em Minas Gerais, onde fazia pregações de frente ao prédio do INSS, nos anos 1977 e 1978.
Em 17/12/1961, ocorreu a Tragédia do Gran Circus Norte-Americano, em Niterói, uma das maiores fatalidades do mundo circense, com mais de 500 mortos (na maioria, crianças). Seis dias depois, José disse ter ouvido 'vozes astrais' que o mandavam abandonar o mundo material e se dedicar ao espiritual.
O Profeta pegou um de seus caminhões e foi para o local do incêndio onde hoje encontra-se a Policlínica Militar de Niterói (foto). Plantou jardim e horta sobre as cinzas do circo.
Em 17/12/1961, ocorreu a Tragédia do Gran Circus Norte-Americano, em Niterói, uma das maiores fatalidades do mundo circense, com mais de 500 mortos (na maioria, crianças). Seis dias depois, José disse ter ouvido 'vozes astrais' que o mandavam abandonar o mundo material e se dedicar ao espiritual.
José Datrino, então, passou a difundir o sentido das palavras Agradecido e Gentileza. Foi um voluntário, que confortou os parentes das vítimas da tragédia. Daquele dia em diante, passou a se chamar 'José Agradecido', ou 'Profeta Gentileza'.
José Datrino, então, passou a difundir o sentido das palavras Agradecido e Gentileza. Foi um voluntário, que confortou os parentes das vítimas da tragédia. Daquele dia em diante, passou a se chamar 'José Agradecido', ou 'Profeta Gentileza'.
Aos que o chamavam de louco, ele respondia: - 'Sou maluco para te amar e louco para te salvar'. O Profeta Gentileza também oferecia, em gesto de gentileza, flores e rosas para as pessoas que cruzavam seu caminho nas ruas do Rio de Janeiro.
Gentileza começou, então, a sua jornada como personagem andarilho. A partir de 1970, era visto em ruas, praças, nas barcas da travessia entre as cidades do Rio de Janeiro e Niterói, em trens e ônibus, fazendo sua pregação.
A partir de 1980, escolheu 56 pilastras do Viaduto do Gasômetro, que vai do Cemitério do Caju até o Terminal Rodoviário do Rio, numa extensão de 1,5 km. Ele encheu as pilastras com inscrições em verde e amarelo propondo sua crítica do mundo e sua alternativa ao mal-estar da civilização.
Aos que o chamavam de louco, ele respondia: - 'Sou maluco para te amar e louco para te salvar'. O Profeta Gentileza também oferecia, em gesto de gentileza, flores e rosas para as pessoas que cruzavam seu caminho nas ruas do Rio de Janeiro.
Durante a Eco-92, o Profeta Gentileza colocava-se estrategicamente no lugar por onde passavam os representantes dos povos e os incitava a viver com gentileza.