Putin nasceu em Leningrado, atual São Petersburgo, em 1952, e ocupa a presidência do país desde 2000.
A permanência no poder por 24 anos faz do político o mais longevo no cargo desde o ditador Josef Stalin (foto), que governou a antiga União Soviética por 26 anos (entre 1927 e 1953).
Em março de 2024, Putin foi reeleito para o quinto mandato com 87,3% dos votos, de acordo com números divulgados pela Comissão Eleitoral Central da Rússia (CEC). As eleições foram marcadas por protestos e algumas prisões.
No mês anterior, Alexei Navalny, principal líder de oposição a Putin, morreu na prisão onde estava detido desde 2021. O serviço penitenciário russo declarou que ele teve uma morte súbita após caminhada, mas a comunidade internacional levantou suspeitas sobre o episódio.
Putin costuma ser definido como um autocrata por exercer seu poder de forma absoluta e calar opositores e dissidentes. Muitos políticos que tentaram derrotá-lo na militância e urnas foram assassinados, exilados ou presos.
Antes de ingressar na vida política, Putin foi espião da KGB - agência de inteligência da antiga União Soviética - por 16 anos.
Nesse período, ele passou cinco anos atuando na então Alemanha Oriental como agente do serviço secreto de informações.
Em 1991, ele deu início à carreira política em São Petersburgo, sua cidade-natal. Quatro anos mais tarde, partiu para a capital Moscou, onde conquistou cargos administrativos no governo de Boris Yeltsin (foto).
Em agosto de 1999, Putin, então com 47 anos, foi nomeado para o cargo de primeiro-ministro. No fim do mesmo ano, assumiu interinamente a presidência após a renúncia de Yeltsin em meio a escândalos de corrupção.
Eleito presidente pela primeira vez em março de 2000, Putin iniciou sua era de liderança absoluta no Kremlin.
Em seus primeiros anos no cargo, o líder russo procurou cultivar uma imagem com a opinião pública de homem simples e esportista, com imagens praticando judô, ski e outras modalidades. Em 2018, o país organizou a Copa do Mundo de futebol masculino.
Em seu governo, Putin tem promovido invasões a territórios vizinhos que resultaram em conflitos armados. Seus argumentos vão de ameaças do ocidente à “defesa da Rússia”.
Em 2008, a Rússia envolveu-se em uma “guerra-relâmpago” com a Geórgia, outra ex-república soviética, que teve como motivador a Ossétia do Sul, território separatista pró-Rússia.
Em 2014, forças russas invadiram a Criméia e Putin anunciou a anexação da península ucraniana no mar Negro.
Oito anos depois, a Rússia invadiu a Ucrânia por terra, água e mar, dando início a um conflito que dura até os dias atuais e já deixou um milhão de mortos ou feridos, de acordo com o “The Wall Street Journal”.
Além de mortos e feridos, a guerra provocou uma crise humanitária com milhares de refugiados da região em direção aos países vizinhos.
A guerra promovida por Vladimir Putin, que não tem data para terminar, levou a uma escalada das tensões entre a Rússia e os principais países do Ocidente, em especial os Estados Unidos.
O nome de Putin também foi envolvido nas eleições presidenciais dos Estados Unidos em 2016 por disseminação de notícias falsas. O FBI, serviço de inteligência americano, investigou a interferência da Rússia no pleito em que Donald Trump derrotou Hillary Clinton.