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Estudo da NASA inclui Brasil na lista de países que terão regiões inabitáveis em 50 anos


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Segundo a análise da NASA, regiões do Centro-Oeste, Nordeste, Norte e Sudeste do Brasil podem sofrer duramente por causa do aquecimento global.

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Para entender esses casos, os cientistas não consideram apenas a temperatura do ar, mas a combinação entre a sensação térmica e a umidade.

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Segundo os cientistas, até mesmo pessoas saudáveis podem ser afetadas pelas altas temperaturas e até morrer quando expostas ao calor por muito tempo.

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Temperaturas que atingem ou superam 37°C com uma umidade relativa do ar acima de 70% são potencialmente perigosas para o ser humano.

Fernando Frazão/Agência Brasil

Se a temperatura interna do corpo ultrapassar os 42°C, pode provocar danos cerebrais e até a falência de órgãos.

Reprodução/Youtube The Times

Não é necessário estar exposto ao sol para que alguém sofra um colapso térmico. De acordo com um estudo da Universidade do Havaí, existem 27 distúrbios por meio dos quais o calor pode ser letal.

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Doenças respiratórias e cardiovasculares são as principais condições agravantes entre as mortes relacionadas ao calor.

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Em entrevista à CNN, o professor e analista do meio ambiente Pedro Côrtes explicou que um dos principais mecanismos para regular a temperatura do corpo é o suor.

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'O suor, à medida que vai evaporando, vai retirando o calor excessivo do nosso corpo, só que dependendo do nível de umidade, ele pode ter dificuldade em evaporar”, explicou.

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O estudo, que foi liderado por Colin Raymond, do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, aponta ainda que diversas outras regiões do mundo podem se tornar inabitáveis nos próximos 50 anos.

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Raymond e sua equipe utilizaram imagens de satélite e projeções da temperatura de bulbo úmido (que leva em consideração a umidade) para realizar a pesquisa.

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De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Mundial de Meteorologia (OMM), entre 2000 e 2019 o calor causou a morte de 489 mil pessoas anualmente em todo o mundo.

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No entanto, devido à uma subnotificação generalizada das mortes relacionadas ao calor, a OMS e a OMM estimam que o número real de óbitos seja pelo menos 30 vezes maior.

Reprodução/TV Globo

Alguns cientistas ressaltam que é muito raro o atestado de óbito declarar o calor como causa da morte (geralmente são listadas como AVCs ou infartos), por isso a discrepância nos dados.

Fernando Frazão/Agência Brasil

Os dados do estudo sequer incluem as temperaturas recordes e ondas de calor extremas e prolongadas registradas em 2023, considerado o ano mais quente da história — a tendência é que 2024 supere esse recorde.

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Um caso recente que chamou a atenção no Brasil foi a morte da jovem Ana Clara Benevides Machado, de 23 anos, que não resistiu ao forte calor durante um show da cantora Taylor Swift no Rio de Janeiro, em novembro de 2023.

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Segundo a NASA, além do Brasil, áreas como o sul da Ásia, o Golfo Pérsico, partes da China e do Sudeste Asiático podem se tornar impróprias para os seres humanos até 2070.

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Para piorar, as queimadas, o desmatamento e o consumo irresponsável de recursos naturais podem acelerar ainda mais esse processo.

José Cruz - Agência Brasil

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