Durante muito tempo, a caça predatória em busca de suas peles reduziu drasticamente a população desses tigres, levando à sua extinção no Cazaquistão, um de seus principais habitats na Ásia Central.
No entanto, graças ao empenho do governo do Cazaquistão, com o apoio de especialistas do WWF (Fundo Mundial para a Natureza) e do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), a espécie foi reintroduzida na região.
O processo começou a ser feito a partir de um casal de tigres-siberianos, que foi transferido do Santuário Anna Paulowna, nos Países Baixos, para a Reserva Natural Ile-Balkhash, no Cazaquistão.
Bodhana e Kuma, foram colocados em um recinto semi-natural de três hectares dentro da reserva.
A expectativa agora é que seus futuros filhotes sejam soltos na natureza, tornando-os os primeiros tigres selvagens a habitar a região em décadas.
Segundo a National Geographic, o objetivo é estabelecer uma população saudável de cerca de 50 tigres-siberianos até 2035. Saiba mais sobre este animal fabuloso!
Os tigres-siberianos (Panthera tigris altaica), também conhecidos como tigres-de-amur, são a maior subespécie de tigres e um dos felinos mais imponentes do mundo.
Originários das regiões frias da Rússia oriental, particularmente da região do rio Amur, esses tigres também podem ser encontrados em pequenas populações na China e, em menor número, na Coreia do Norte.
Para se adaptarem ao frio intenso, os tigres-siberianos desenvolveram uma pelagem densa e espessa, além de uma camada de gordura que os isola das temperaturas abaixo de zero.
Os tigres-siberianos são conhecidos por seu tamanho impressionante, podendo medir até 3,3 metros de comprimento, incluindo a cauda, e pesar até 320 kg no caso dos machos.
As fêmeas são geralmente menores, mas ainda robustas, pesando cerca de 160 kg.
Caçadores solitários e territoriais, os tigres-siberianos são exímios caçadores de emboscada. Eles se alimentam principalmente de grandes herbívoros como cervos, alces e javalis, mas também caçam animais menores quando necessário.
Sua estratégia de caça envolve paciência, espreitando suas presas até estarem próximos o suficiente para atacar com rapidez e força. Um único golpe de suas poderosas patas pode derrubar grandes presas.
No início dos anos 1940, a população chegou a cair para menos de 40 indivíduos, colocando esses animais à beira da extinção.
Os tigres-siberianos têm uma importância cultural e simbólica significativa, especialmente na Ásia, onde são considerados símbolos de força, coragem e poder.
Além dos tigres, outro animal bem característico da Sibéria são os Huskys Siberianos, conhecidos por sua aparência marcante e seu histórico como cães de trabalho nas regiões árticas.
Seus corpos são bem adaptados ao clima frio, com uma pelagem dupla espessa que os mantém aquecidos. Em termos de temperamento, os huskys siberianos são geralmente afetuosos, amigáveis e sociáveis, tanto com humanos quanto com outros animais.
A Sibéria, lugar que dá nome a essas espécies, é conhecida por suas paisagens inóspitas, climas extremos e uma rica diversidade natural.
Ela cobre cerca de 13 milhões de quilômetros quadrados, o que representa cerca de 77% do território russo, mas abriga apenas uma pequena fração da população do país devido ao seu ambiente desafiador.
Um dos destaques é Novosibirsk, a maior cidade da Sibéria e terceira maior da Rússia.
O clima siberiano é caracterizado por invernos extremamente frios, com temperaturas que podem chegar a -50°C em algumas áreas, e verões curtos e frescos.
Historicamente, a Sibéria tem uma rica herança cultural e arqueológica. Durante milênios, a região foi habitada por vários povos indígenas, como os evenks, buriates, yakuts e chukchis, que ainda preservam suas tradições e modos de vida particulares.
No entanto, a Rússia iniciou um processo de colonização na Sibéria a partir do século 16, quando os cossacos lideraram a expansão para o leste, iniciada pelo czar Ivan, o Terrível.
A partir daí, a região foi gradualmente incorporada ao Império Russo, com a exploração de suas vastas riquezas naturais, incluindo peles, ouro e, mais tarde, petróleo e gás natural.