O vídeo, que viralizou nas redes sociais, mostra a empresária Luana Santos tomando um susto ao avistar o animal nadando próximo ao grupo. O registro foi feito no dia 6/10/24.
Ao portal g1, Luana contou que foi a primeira vez que ela e a maioria dos amigos haviam visto uma sucuri de perto. 'Foi muito rápido; acho que, do momento da aparição até a sucuri sumir na nascente, não demorou mais de dois minutos”, contou.
No fim de setembro, um vídeo que mostra um homem sendo atacado por uma sucuri no Pará ganhou repercussão na web e surpreendeu a todos por um fato inusitado.
O homem nadava em um rio da região Terra Santa, no oeste estado, quando foi surpreendido pela investida do animal.
As imagens mostram a serpente se enrolando no corpo da vítima, enquanto pessoas ao redor tentam intervir, puxando a sucuri pela cauda na esperança de libertar o homem.
Em um ato surpreendente, o homem reage, morde o réptil e consegue se desvencilhar do ataque.
Em seguida, dá para ver os outros homens removendo a sucuri da água, segurando-a pela cabeça e conseguindo controlar a situação. Não foram divulgadas informações sobre o estado de saúde do homem.
Apesar de serem raros, ataques de sucuris podem acontecer em regiões de rios e igarapés da Amazônia, onde esses répteis costumam viver.
Também conhecida como anaconda, a sucuri é uma das serpentes mais imponentes e fascinantes do mundo.
Ela habita principalmente regiões da América do Sul, especialmente a Amazônia, em áreas pantanosas, rios e florestas alagadas.
Existem quatro espécies de sucuris, sendo a mais famosa a sucuri-verde (Eunectes murinus), que pode atingir até 10 metros de comprimento — embora o tamanho médio seja de 4 a 5m — e pesar mais de 200 kg.
As sucuris têm corpos robustos e musculosos, adaptados para a vida aquática. Elas são exímias nadadoras e passam a maior parte do tempo submersas, utilizando a água como meio de camuflagem para capturar suas presas.
Seu padrão de coloração verde com manchas escuras nas costas as ajuda a se misturar ao ambiente.
Outra espécie comum é a sucuri-amarela (Eunectes notaeus), que é menor e tem uma coloração mais clara.
Essas serpentes não são venenosas. Em vez disso, utilizam sua força para matar suas presas por constrição, ou seja, envolvem a presa com seu corpo e apertam até sufocá-la.
A dieta da sucuri inclui uma variedade de animais, como peixes, aves, roedores, capivaras e até jacarés.
Uma sucuri pode engolir presas de grande porte devido à sua capacidade de expandir a mandíbula.
As sucuris são ovovivíparas, ou seja, os filhotes nascem de ovos que eclodem dentro do corpo da fêmea. Cada ninhada pode ter entre 20 e 80 filhotes, que nascem completamente formados e independentes.
Na cultura popular, as sucuris têm sido retratadas em filmes e lendas como criaturas gigantescas e perigosas. Na realidade, elas são animais fundamentais para o equilíbrio ecológico dos ambientes em que vivem.
Em muitas culturas indígenas, por exemplo, a sucuri é vista como uma figura materna, protetora dos rios e da floresta. Ela representa a força da natureza e a importância da água para a vida.
No cinema, um dos filmes mais conhecidos que retratam a sucuri é 'Anaconda', lançado em 1997. No enredo, uma equipe de documentaristas passa a ser caçada por uma cobra gigantesca na Amazônia.
O filme teve grande sucesso comercial (custou US$ 45 milhões e faturou mais de US$ 136 milhões), o que gerou várias sequências. A retratação da sucuri exagera em muitos aspectos, principalmente no tamanho e no comportamento agressivo da serpente.
A perda de habitat e a caça ilegal são algumas das ameaças que essas serpentes enfrentam, especialmente devido à pele valiosa e à caça por medo ou para proteção de animais domésticos.
Além da sucuri-amarela e da sucuri-verde, as outras espécies de sucuri são: sucuri-anã (Eunectes deschauenseei), a menor das espécies, encontrada principalmente no Brasil Central, e sucuri de Schomburgk (Eunectes beniensis), encontrada na Bolívia e no Peru.