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Atriz de Holywood, vencedora de 2 Oscars, é fã de escritora brasileira: ‘Genial’


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Em discurso no Festival de Cinema de San Sebastián, na Espanha, a atriz australiana declarou que tem encontrado reflexões importantes em leituras de obras de Clarice e a definiu como uma autora genial.

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“Pego coragem, de certa forma, de Clarice Lispector, uma escritora brasileira que é simplesmente genial, cujos trabalhos eu tenho lido recentemente, e ela diz que há certas vantagens em não saber”, afirmou.

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A atriz citou pensamentos que estão na crônica “Diálogo do Desconhecido”, texto que integra coletânea presente no livro “A Descoberta do Mundo”, lançado em 1984.

Cate Blanchett - Cate e Clarice - Instagram @cate_blanchettofficial

Blanchett mencionou Clarice após receber o Prêmio Donostia pelo conjunto de sua obra como atriz. A honraria foi entregue à atriz pelo diretor mexicano Alfonso Cuarón.

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Na entrevista coletiva após a premiação, Cate Blanchett voltou a citar a escritora brasileira para explicar sua dedicação ao trabalho.

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“Tenho lido Clarice Lispector, a incrível escritora brasileira. E ela diz: ‘É preciso muito esforço para ser simples’. Geralmente, coisas que parecem sem esforço exigem muita preparação”, declarou a atriz.

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Uma das maiores escritoras brasileiras do século 20, Clarice Lispector nasceu na Ucrânia em uma família de origem judaica, no dia 10 de dezembro de 1920.

- Flickr Arquivo Nacional do Brasil

Em 1922, Clarice migrou com a família para Maceió, após um período na Romênia. Os pais da futura escritora fugiram do antissemitismo na Europa e também da fome.

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No Brasil, todos os integrantes da família adotaram nomes portugueses. Foi nesse momento que Chaya Pinkhasovna Lispector se tornou Clarice Lispector.

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Aos 20 anos, Clarice já era órfã de pai e mãe e estava envolvida com as letras. Em 1940, publicou “O Triunfo”, sua primeira criação de que se tem notícia.

Bisilliat, Maureen/Wikimédia Commons

Com apenas 21 anos, a autora publicou “Perto do Coração Selvagem”, livro que rendeu a ela o prêmio Graça Aranha.

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Entre 1943 e 1959, Clarice Lispecto foi casada com o diplomata Maury Gurgel Valente e viveu fora do Brasil, retornando ao Rio de Janeiro após a separação.

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Em 1963, a autora publicou sua obra de maior impacto, “A Paixão Segundo G.H”. No romance, a narradora-protagonista, identificada apenas pelas iniciais G.H., passa por um experiência transformadora após encontrar uma barata morta.

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Com uma personalidade misteriosa, que exercia fascínio em seus admiradores, Clarice Lispector também escreveu artigos para o Jornal do Brasil que a tornaram popular ao tratar de temas pessoais. Seu cachorro Ulisses, citado nos textos, ficou conhecido e faz parte de uma estátua (foto) que representa a escritora no bairro do Leme, no Rio de Janeiro.

Fernando Frazão/Agência Brasil

Um dos episódios mais dramáticos da vida de Clarice quase resultou em sua morte. A escritora dormiu com um cigarro na boca, situação que provocou um incêndio em seu apartamento.

Ishia/Wikimédia Commons

Após ser resgatada com parte do corpo queimado, ela passou três dias internada em estado grave, mas conseguiu sobreviver.

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O acidente tirou de Clarice parte dos movimentos da mão direita. Por isso, a autora passou a contratar assistentes para auxiliá-las na passagem de ideias para novos livros.

Reprodução/Youtube

A última obra de Clarice foi “A Hora da Estrela”, que narra a história de Macabéa, uma mulher alagoana que migra para o Rio de Janeiro. Em 1985, o livro foi adaptado para o cinema (foto) sob direção de Suzana Amaral e com Fernanda Montenegro no elenco.

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Clarice Lispector morreu em 9 de dezembro de 1977, aos 57 anos, devido a um câncer de ovário. Ela foi enterrada no cemitério do Caju.

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