O mamífero de 3 anos e 280 kg foi apelidado de Fred pelos moradores da comunidade e tornou-se um xodó local. Agentes do Ibama fizeram uma operação com a Polícia Militar do Amapá para transportar a anta em uma jaula, mas a empreitada não teve sucesso.
Após ser transportada até uma jaula de madeira na caçamba de uma picape, a anta destruiu o equipamento e retornou para a comunidade. Alguns moradores choraram ao ver o animal ser colocado na gaiola, dado o apego ao animal, que vive desde filhote na cidade.
Agora, o Ibama estuda a montagem de uma logÃstica mais adequada, que permita o resgate seguro de Fred. Por enquanto, a anta segue morando na comunidade do Lago do Ajuruxi.
Outro fato recente envolvendo uma anta aconteceu em uma chácara na cidade de Anaurilândia, no Mato Grosso do Sul. Apelidado de Tico, o mamífero foi até a cozinha e “participou' do café da manhã de uma família local, segundo o portal “Primeira Página”.
De acordo com a publicação, Tico é um animal dócil e uma espécie de mascote da cidade de pouco mais de 7.500 habitantes (dados atualizados do IBGE). A anta costuma aparecer pelas ruas de Anaurilândia e entrar nas casas em busca de alimentos.
Recentemente, uma outra anta foi notícia por uma quase tragédia. Brigadistas que combatem incêndios no Parque Nacional de Brasília salvaram um animal da espécia que estava com as patas queimadas por causa do chamado fogo subterrâneo, que se espalhou pela área verde.
A alta temperatura no solo causou queimaduras e o resgate dramático foi divulgado pela mídia, comovendo o público por causa dos gritos do animal.
Após ser anestesiada, a anta - um filhote de 73 kg - foi levada para o serviço veterinário do zoológico, onde recebeu tratamento. Os especialistas deram remédio contra a doença e trataram as feridas
O focinho estava ferido porque a anta se debateu bastante com a dor e a remoção feita pelos socorristas. E as patas estavam queimadas por causa da quentura do solo.
Os veterinários aplicaram remédio e colocaram talas nas patas do animal para a recuperação em cativeiro. Quando a anta estiver recuperada poderá ser devolvida à natureza.
As antas são grandes mamíferos da família Tapiridae, nativos de regiões tropicais da América do Sul, Central e Sudeste Asiático.
Elas são encontradas em florestas tropicais, áreas úmidas e savanas da América Central e do Sul, incluindo países como Brasil, Colômbia e Venezuela. Também existem espécies na Ásia, principalmente em regiões do Sudeste Asiático, como na Tailândia e na Malásia.
Existem quatro espécies de antas. A espécie asiática, a anta-malaia, tem uma coloração diferente das suas contrapartes americanas, com uma pelagem preta na frente e branca na parte traseira.
As antas, também conhecidas como tapir, possuem um corpo pesado e arredondado, similar ao de um porco ou de um cavalo, com uma espessa camada de gordura.
Uma das suas características mais marcantes é o focinho longo e flexível, que lembra uma pequena tromba. Elas usam essa tromba para pegar folhas, frutas e outras fontes de alimento.
A pele das antas é grossa, ajudando a protegê-las de predadores e de vegetação espinhosa. Nas antas adultas, a cor varia de cinza-escuro a marrom.
No entanto, os filhotes têm uma coloração marrom-avermelhada com listras e manchas brancas, o que ajuda na camuflagem da selva.
As antas têm pernas curtas, mas poderosas, com três dedos nos pés traseiros e quatro nos pés dianteiros. Isso lhes permite mover-se com facilidade em terrenos pantanosos e florestais.
As antas são excelentes nadadoras, apesar de seu tamanho e peso. Elas mergulham em rios e lagos, onde podem ficar submersas por longos períodos, respirando através de suas narinas posicionadas no topo de seus focinhos, que funcionam de maneira semelhante a uma tromba curta.
As antas possuem uma cauda curta e quase imperceptível. Elas podem pesar entre 150 e 300 quilos e medir cerca de 1,8 a 2,5 metros de comprimento, dependendo da espécie.
Herbívoras, as antas se alimentam principalmente de folhas, frutos, brotos e plantas aquáticas. Elas preferem frutas caídas no solo das florestas.
Mas também podem comer cascas de árvores e sementes. Sua dieta varia de acordo com a disponibilidade de alimentos em seu habitat.