'Foi muito difícil para os cuidadores se despedirem dele', disse a administração do zoológico. Jan é considerado pai de 22 filhotes em Krefeld com as fêmeas Lolita e Trine.
Os bichos-preguiça são mamíferos nativos da América Central e do Sul, conhecidos por seu comportamento lento e estilo de vida arborícola.
Existem duas principais famílias de preguiças: as preguiças-de-três-dedos (Família Bradypodidae) e as preguiças-de-dois-dedos (Família Megalonychidae).
Habitualmente encontrados em florestas tropicais e subtropicais, eles passam a maior parte do tempo pendurados nas árvores, onde se sentem mais seguros de predadores.
São animais de corpo robusto e membros longos, adaptados para se pendurar e se mover lentamente nas árvores. Eles têm garras longas e curvadas que ajudam na locomoção pelos galhos.
Os bichos-preguiça são conhecidos por seu ritmo lento de vida, movendo-se a uma velocidade de aproximadamente 2 a 3 metros por minuto. Esse comportamento é uma adaptação ao seu metabolismo lento.
Herbívoros, eles se alimentam de folhas, frutas e flores. Sua dieta é de baixa qualidade nutricional, o que contribui para seu metabolismo lento.
Sua gestação dura cerca de 6 meses, e geralmente nasce um único filhote. Os filhotes permanecem com a mãe por vários meses até se tornarem independentes.
Algumas espécies de bicho-preguiça estão ameaçadas devido à destruição de seu habitat natural e à caça. Organizações de conservação estão trabalhando para proteger esses animais e seu ambiente.
Esses animais desempenham um papel importante nos ecossistemas das florestas tropicais, e seu comportamento peculiar intriga cientistas e admiradores da vida selvagem.
No Brasil, os bichos-preguiça vivem na Mata Atlântica, onde se alimentam, principalmente, dos frutos da embaúba, conhecida, por isso, como árvore-da-preguiça. Mas eles também gostam de frutos da figueira, ingazeira e tararanga.
Os bichos-preguiça raramente descem ao chão. Isso costuma aconteccer apenas a cada sete dias para fazer as suas necessidades fisiológicas.
Esses animais, inclusive, dormem nas árvores, onde se sentem mais protegidos . O sono dura cerca de 14 horas por dia.
O bicho-preguiça costuma ser solitário. Não anda em bandos. E se defende com garras, além de ter a capacidade de se camuflar.
Os bichos-preguiça, como outros animais silvestres, são vítimas de criminosos que tentam vendê-los em feiras ilegais. Em março de 2023, um exemplar dessa espécie foi encontrado na mochila de ladrões no Rio de Janeiro.
Policiais desconfiaram de uma dupla que estava nas imediações do Parque Lage, no Jardim Botânico, e, ao abordá-la, descobriu que havia um bicho-preguiça escondido. O animal estava dopado. O objetivo era vendê-lo numa feira irregular na Baixada Fluminense.
O bicho-preguiça foi levado para o Instituto Vida Livre, especialista em reabilitação de animais. Lá os veterinários descobriram que tratava-se de uma fêmea de oito meses de idade
Os veterinários chamaram o animal de Glória, oferecendo o tratamento necessário para a recuperação do bicho-preguiça vítima de maus-tratos. Glória recebeu soro e fez fluidoterapia para hidratação.
Depois que voltou a ficar saudável, o animal foi levado numa caixa para o Jardim Botânico do Rio, uma área de preservação que , além de ser um parque de visitação, se destina também ao estudo de botânica e de espécies nativas.